Cerrados de São Paulo

Projeto  campos cerrados na cidade de São Paulo

    – uma vegetação nativa quase extinta na metrópole-

Sepultada por camadas de concreto e cimento, a vegetação original da cidade de São Paulo hoje é quase desconhecida da população. Onde atualmente está a metrópole já existiu formações de grande biodiversidade e de belas paisagens, como a Mata Atlântica de encosta, várzeas, araucárias, Mata Atlântica semidecídua e campos cerrados, que se encontravam  formando um ecótono (zona de transição entre vegetações diferentes).

Uma das principais características da São Paulo dos primeiros séculos era a presença de campos naturais, descritos nos registros históricos e pelos primeiros moradores e viajantes, que levou a denominação da região de “Campos de Piratininga”  e consequentemente “São Paulo dos Campos de Piratininga” – uma cidade com nome de vegetação, assim como o Brasil, de pau-brasil .

 Essa vegetação, de campos cerrados, composta de uma flora muito rica em espécies diferentes e típicas, foi a primeira a ser destruída, tanto pela facilidade de construção no terreno por ausência de grandes árvores como pela aparente falta de “belezas naturais” em contraste com as densas florestas tropicais vizinhas.   Acabou sendo esquecida e dada como desaparecida ou extinta.

Campos cerrados em São Paulo no século XIX – Miguel Dutra

Antes de isso acontecer, os campos cerrados paulistanos foram pesquisados no começo do século passado principalmente por dois botânicos.

Alfred Usteri, um Botânico Suiço e professor da Escola Politécnica, que em 1911 publicou um livro  sobre a vegetação dos arredores de São Paulo na época, um importante  panorama da vegetação paulistana original. Nesse livro aparecem fotografias de campos cerrados em vários locais da Capital e outras raridades como araucárias onde hoje é a Avenida Paulista.

Posteriormente, o Botânico da Universidade de São Paulo, Aylthon Brandão Joly, fez sua tese de doutoramento na década de 1940 sobre os nativos  “Campos do Butantã” onde hoje está implantada a Cidade Universitária da mesma universidade.

Situação atual:

Os campos cerrados, vegetação formada em sua maioria por capins, ervas, arbustos e pequenas árvores, sobreviveram nessas áreas em locais muito alterados pelo homem ao longo do tempo e com diversas ameaças. Chegaram ao século XXI quase que por milagre, e lutam para sobreviver competindo com inimigos que vão de capins africanos invasores a ações de paisagismo.

Uma espécie típica e comum dessa vegetação, de grande beleza, é a língua-de-tucano ( Eryngium paniculatum), nas fotos abaixo em várias épocas diferentes nos campos da cidade de São Paulo:

Em 1911 no bairro de Santana

Década de 1940 no Butantã

Em 2009 no bairro do Jaguaré em São Paulo – SP

Nos campos cerrados do Parque Estadual do Juquery, região metropolitana de São Paulo.

Na Cidade Universitária da USP, ao lado da caixa de água do ICB.

Pico do Jaraguá e seus campos cerrados - língua-de-tucano

Pico do Jaraguá e seus campos cerrados – língua-de-tucano

O “Livro Vermelho das Espécies Vegetais Ameaçadas do Estado de São Paulo” publicado pelo Instituto de Botânica em 2007 mostra a importância dessa vegetação no trecho – “Os resultados obtidos evidenciam o destaque da região abrangida pelo município de São Paulo, tanto no que se refere à grande concentração de espécies ameaçadas em todas as categorias, quanto no que se refere à quantidade de espécies já extintas … a intensa degradação ambiental que o município sofreu desde o período colonial, incluindo a remoção de florestas e a ocupação do solo de forma desordenada, com pouca ou nenhuma preocupação com a conservação dos ecossistemas naturais, especialmente os campos que, ainda hoje são negligenciados apesar de serem ecossistemas com flora particular e biodiversidade considerável.” (J. G. Rando et al.)

Pode-se dizer hoje que esses campos estão quase extintos na malha urbana paulistana. Os fragmentos dessa vegetação são raríssimos. Nas nossas pesquisas de campo, desde 2009 conseguimos identificar três áreas sobreviventes na cidade de São Paulo – duas na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP) e outra em um terreno no bairro do Jaguaré – todas ameaçadas por plantas estrangeiras invasoras e o esquecimento. Constituem-se em remanescentes dos antigos “Campos do Butantã”.

Para saber mais sobre essa vegetação, recomendo o link –

Rádio Estadão ESPN – Natureza Urbana. Nome de batismo de São Paulo era de um tipo de vegetação. Outubro de 2011.

Passados mais de dois anos de divulgação da questão e um longo caminho empenhado na preservação dessas raridades, o trabalho rendeu frutos,  e atualmente as três áreas foram decretadas como reservas ecológicas:

 1. Parque Ecológico Municipal de Campo-Cerrado Dr. Alfred Usteri.

Área – 13.090m²

Decretado parque ecológico em 18 de junho de 2010.

 A área do Jaguaré foi descoberta no trabalho de prospecção do “Árvores de São Paulo” pela cidade inesperadamente em meados de 2009, quando detectei no local a presença de espécies típicas do cerrado e campos cerrados descritas por esses pesquisadores do começo do século passado e em outros antigos trabalhos sobre a vegetação dos arredores de  São Paulo.

O terreno no Jaguaré que ainda conserva essa mancha de “cerradinho” está espremido entre um hipermercado e um grande condomínio residencial e conserva muitas raridades como duas espécies diferentes de juqueri (Mimosa sp.), língua-de-tucano (Eryngium paniculatum), tarumã-do-cerrado (Vitex polygama), barba-de-bode (Andropogon leucostachyus) e orelha-de-onça-do-cerrado (Leandra sp.).

 
Vista geral

Vista geral

A área dentro do traço branco representa os 13.090 m² de campos cerrados do Jaguaré, entre um hipermercado (parte de baixo) e um condomínio residencial (acima).

No mês de junho de 2010 obtivemos o primeiro êxito na conservação desses locais: a área do Jaguaré foi publicada no blog e chamou a atenção,  sendo tema de matéria na revista Veja São Paulo, abaixo: 

  

Clique na imagem até ficar legível

Em 18 de junho de 2010 a nossa proposta concretizou-se, e a Prefeitura deu um apoio de extrema importância perante a urgência da questão. O Prefeito Gilberto Kassab e o Secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge Sobrinho,  decretaram a criação do Parque Ecológico Municipal de Campo Cerrado Dr. Alfred Usteri, publicado no Diário Oficial do Município de 19 de junho de 2010. É o primeiro parque a contemplar essa rara vegetação no Município, preservando esse remanescente para essa e as futuras gerações.

Clique na imagem até ficar legível

A nova área de preservação com a vegetação de cerrado dentro da metrópole paulistana  acabou despertando o interesse da população:

Revista São Paulo – Folha de S. Paulo

Diário de S. Paulo – Tesouro preservado no Butantã

Jovem Pan AM – São Paulo ganhará novo parque na Zona Oeste

Revista Veja São Paulo – Cerrado preservado – julho 2010

Band Jornalismo – Capital paulista ganha novo parque ambiental

Revista Minha Casa, Meu Imóvel

Planeta Sustentável – Jaguaré – elementos de cerrado permanecem vivos

Cesar Giobbi – SOS

Diário do Comércio – Região do Butantã ganhará parque

Diário Oficial de São Paulo – Secretaria do Verde decreta criação de reserva de cerrado no Butantã

Jornal O Estado de São Paulo – Região do Butantã ganhará parque

Destak Jornal – Capital ganhará parque na Zona Oeste 

Para o Parque de Campo Cerrado Alfred Usteri conseguir preservar a vegetação original e manejar as ameaças, um grupo de trabalho foi formado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA), de forma a se obter um protocolo de manutenção e sustentabilidade da fitofisionomia. Desde o início dos trabalhos (julho de 2010), participo voluntariamente das reuniões e atividades quinzenais.

Alguns destaques da vegetação do Parque Usteri:

juquiri (Mimosa sp.) - planta do cerrado de flores ornamentais que nomeou bairro na cidade de São Paulo.

juquiri (Mimosa sp.) – planta do cerrado de flores ornamentais que nomeou bairro na cidade de São Paulo.

tarumã do cerrado (Vitex polygama) - árvore produtora de frutos comestíveis e que eram consumidos pelos índios da região antes da colonização portuguesa.

tarumã do cerrado (Vitex polygama) – árvore produtora de frutos comestíveis e que eram consumidos pelos índios da região antes da colonização portuguesa.

 O anu-preto é uma ave de ocorrência típica do cerrado, na foto pousado em um alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia) do Parque.

O anu-preto é uma ave de ocorrência típica do cerrado, na foto pousado em um alecrim-do-campo (Baccharis dracunculifolia) do Parque.

cipó-de-são joão (Pyrostegia venusta) na cerca do Parque Usteri com São Paulo ao fundo.

cipó-de-são joão (Pyrostegia venusta) na cerca do Parque Usteri com São Paulo ao fundo.

2. Reserva Ecológica da Universidade de São Paulo  – Campus da Capital (CUASO) – localizada entre o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e Instituto de Biociências (IB).

Área – cerca de 1 hectare – 10.000 m².

Decretada reserva ecológica em 05 de junho de 2012.

Vista geral

Vista geral

A área de campos cerrados em volta da caixa de água do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB USP) foi pleiteada como reserva dos antigos “Campos do Butantã”  desde 2010 para a direção da USP, e teve o apoio de professores do Depto. de Botânica.

Esse remanescente, situado na parte mais alta da Cidade Universitária, tem uma bela vista para a metrópole e conserva relíquias da biodiversidade paulistana, sendo algumas só encontradas ali dentro do Município, embora no passado tenham recoberto grande parte do terreno original da cidade. Exemplos são o murici-do-campo (Bysonima intermedia), ipê-amarelo-do-cerrado (Handroanthus ochraceae), gabiroba (Campomanesia sp.) e diferentes espécies de EryngiumO vandalismo, a invasão de plantas estrangeiras e o sobreamento de árvores estranhas estão fazendo essa vegetação desaparecer.

Em 2010 começamos a divulgação da necessidade de preservação e o seu pedido para a reitoria da Universidade de São Paulo. Em outubro do mesmo ano, o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria a respeito:

Folha de São Paulo – Caderno Cotidiano – Campus da USP abriga vegetação rara de cerrado

Também elaboramos um laudo técnico abordando a necessidade de preservação da área para a direção do Instituto de Biociências da USP:

Necessidade de preservação da vegetação de campos cerrados na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira

No começo de 2011, ao realizar uma coleta botânica com o grupo de trabalho do Herbário da Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) na área, encontramos o terreno todo estaqueado e sendo medido para a construção de novos prédios do ICB. Imediatamente foi solicitado novamente a reitoria a paralisação das obras, o que foi atendido.

Estacas e corte da vegetação dos cerrados para medição de nova construção: atentado à biodiversidade nativa.

Estacas e corte da vegetação dos cerrados para medição de nova construção: atentado à biodiversidade nativa.

A rara população de murici-do-campo no local, um arbusto típico do cerrado e praticamente extinto na metrópole foi também destaque de uma matéria da revista Veja São Paulo.

Veja São Paulo maio 2011 – Raízes centenárias

Exemplo do grau de ameaça dessa biodiversidade pode ser visto no link abaixo:

https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2012/03/26/descoberta-uma-das-ultimas-orquideas-de-cerrado-sobrevivente-na-cidade-de-sao-paulo/

https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2010/07/27/os-ultimos-ipes-do-cerrado-da-cidade-de-sao-paulo/

Alguns destaques da vegetação da Reserva Ecológica do ICB-IB:

murici-do-campo (Byrsonima intermedia) florido - arbusto típico do cerrado de grande longevidadee produtor de frutos comestíveis. A última população da espécie na metrópole está na Cidade Universitária.

murici-do-campo (Byrsonima intermedia) florido – arbusto típico do cerrado de grande longevidade e produtor de frutos comestíveis. A última população da espécie na metrópole está na Cidade Universitária.

ipê-amarelo-do-cerrado, árvore do cerrado que também só sobreviveu na cidade de São Paulo nas reservas ecológicas da Cidade Universitária.

ipê-amarelo-do-cerrado, árvore do cerrado que também só sobreviveu na cidade de São Paulo nas reservas ecológicas da Cidade Universitária.

araçá-do-campo (Psidium guineense) - arbusto histórico na cidade, que nomeou os antigo "Caminho do Araçá" e depois "Cemitério do Araçá".

araçá-do-campo (Psidium guineense) – arbusto histórico na cidade, que nomeou os antigo “Caminho do Araçá” e depois “Cemitério do Araçá”.

língua-de-tucano (Eryngium paniculatum) - planta típica dos campos cerrados paulistanos segundo o Botânico Hoehne em 1925.

língua-de-tucano (Eryngium paniculatum) – planta típica dos campos cerrados paulistanos segundo o Botânico Hoehne em 1925.

3. Reserva Ecológica da Universidade de São Paulo (USP) – Campus da Capital (CUASO) – localizada entre o novo Centro de Convenções e a Faculdade de Veterinária.

Área – cerca de 1 hectare – 10.000 m².

Decretada reserva ecológica em 05 de junho de 2012.

Vista geral

Vista geral

Grande fragmento de campos cerrados descoberto em setembro de 2011 a partir de pesquisa de campo da ação “Árvores de São Paulo” durante a polêmica envolvendo as obras dos novos museus na Cidade Universitária da USP. Nesse local foi encontrada a maior diversidade de espécies típicas do cerrado até então. Destacam-se raridades como uma espécie menor de língua-de-tucano (Eryngium sp.) e uma população do arbusto  fruta-de-pombo (Erythroxylum sp.), além das espécies descritas nas áreas anteriores. Infelizmente a maior parte desse patrimônio ambiental e histórico foi destruída pouco antes para a abertura de uma imensa cratera e construção do novo Centro de Convenções da USP. Depois de fotografar toda a área e levar amostras da vegetação (exsicatas) para a reitoria, e diversas visitas ao local com as autoridades da universidade e jornalistas, a área foi decretada em junho de 2012 como “Museu-Vivo” da cidade de São Paulo.

Devastação do cerrado durante as obras na USP

Devastação do cerrado durante as obras na USP

murici-do-campo destruído pelas obras

murici-do-campo destruído pelas obras

Na semana da descoberta desse fragmento, quando as máquinas continuavam a destruir os remanescentes, o jornal O Estado de São Paulo publicou as seguintes matérias:

Jornal O Estado de São Paulo. USP vai criar um ‘museu vivo’ do cerrado na capital – Aluno de mestrado descobriu espécies únicas da vegetação em meio a obras de terraplenagem, a poucos metros da Botânica. Outubro de 2011.

Rádio Estadão ESPN – Natureza Urbana. Ambientalista e colunista da Estadão ESPN consegue suspender obras que iriam destruir 1,328 árvores. Outubro de 2011.

No link abaixo, o porque de o licenciamento ambiental não ter “enxergado” o cerrado na área e liberado as obras:

https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2011/10/16/compensacao-ambiental-obras-e-a-biodiversidade-analise/

Jornal do Campus da USP – maio de 2012.

http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2012/04/obras-no-campus-ameacam-especies-raras-de-vegetacao/

Alguns destaques da vegetação da Reserva Ecológica do “Museu-Vivo”:

fruta-de-pomba (Erythroxylum sp.) arbusto típico do cerrado que somente sobreviveu nesse fraghmento em toda a metrópole paulistana.

fruta-de-pomba (Erythroxylum sp.) arbusto típico do cerrado que somente sobreviveu nesse fragmento em toda a metrópole paulistana.

duas espécies diferentes de língua-de-tucano (Eryngium sp.). A menor só existe nesse fragmento.

duas espécies diferentes de língua-de-tucano (Eryngium sp.). A menor só existe nesse fragmento.

gabiroba, uma frutífera típica dos cerrados. Esse exemplar das fotos foi destruído alguns dias depois pelas escavadeiras.

gabiroba, uma frutífera típica dos cerrados. Esse exemplar das fotos foi destruído alguns dias depois pelas escavadeiras.

capim barba-de-bode (Aristida sp.) - planta nativa que já dominou os campos paulistanos segundo o Botânico Usteri em 1911 e que hoje está restrita a poucas touceiras nesses fragmentos.

capim barba-de-bode (Aristida sp.) – planta nativa que já dominou os campos paulistanos segundo o Botânico Usteri em 1911 e que hoje está restrita a poucas touceiras nesses fragmentos.

 Resgate das espécies atingidas pelas obras na USP:

No primeiro contato com a cena de destruição dos campos cerrados pelas obras do novo Centro de Convenções avistei diversos exemplares típicos agonizando e desterrados, inclusive de espécies que somente sobreviveram ali em toda a malha urbana. Poucos dias depois resgatei cerca de 160 exemplares de língua-de-tucano, murici e outros.

Mais de 200 exemplares antigos de murici-do-campo agonizavam desterrados pelas máquinas.

Mais de 200 exemplares antigos de murici-do-campo agonizavam desterrados pelas máquinas.

resgate dos muricis que insistiam em rebrotar depois de ter sido passado o trator-esteira

rara espécie de língua-de-tucano amontoada nos entulhos. Foram salvos mais de 100 exemplares.

rara espécie de língua-de-tucano amontoada nos entulhos. Foram salvos mais de 100 exemplares.

Desde 2009 também começamos o ensaio de germinação e reprodução de 15 espécies diferentes típicas do cerrado paulistano, conseguindo depois de algumas dificuldades várias mudas que foram cultivadas em um viveiro “informal” no Depto. de Botânica da USP. Parte dessas mudas foram doadas para o viveiro “Manequinho Lopes” da Prefeitura de São Paulo para servirem de matrizes.

Em 2014,essa área sofreu um forte impacto por aterramento e a construção de um galpão para funcionários da obra do Centro de Convenções, como se não tivesse nenhum valor biológico e histórico. Fotos abaixo:

Cerrado tipo "Campos de Piratininga" no ano em que a USP decretou a área como 'museu vivo'

2012: Cerrado bem preservado tipo “Campos de Piratininga” – USP decretou a área como ‘museu vivo’

 

Trechos de terra naturalmente expostos no Cerrado, o que nomeou o bairro de Butantã - "chão duro" em Tupi

2012: Trechos de terra naturalmente expostos no Cerrado, o que nomeou o bairro de Butantã – “chão duro” em Tupi

 

O mesmo local hoje, 2014, com o cerrado destruído por um aterro e barracão.

Em 2014 com o barracão construído exatamente sobre os lugares das fotos acima

 

Depois da destruição, o absurdo - plantio de árvores genéricas de Mata Atlântica onde antes era um Cerrado raríssimo para a história e meio ambiente da cidade de São Paulo

Julho 2014 – Depois da destruição, a patética tentativa de “recuperação” e o absurdo – um plantio de árvores genéricas de Mata Atlântica onde antes era um Cerrado raríssimo para a história e meio ambiente da cidade de São Paulo. Mesmo que tenha sobrado alguma planta de Cerrado aí, ela morrerá no futuro devido ao sombreamento das árvores de outro bioma.

 

cerrado usp folha 2014

LINK PARA BAIXAR O PDF DA MATÉRIA:

USP Cerrado devastação 2014

4. Área com trechos de campos-cerrados na região do Butantã. Parte do necessário “Parque das Fontes do Peabiru” que tem também uma fonte de água em arcos de alvenaria de pedra típico do século XVIII e Mata Atlântica.

Trecho de Cerrado tipo "Campos de Piratininga" que margeiam o terreno da nascente. Paisagem secular.

Trecho do raro Cerrado tipo “Campos de Piratininga” que margeiam o terreno da nascente. Paisagem secular. A planta florida à direita é um araçá-do-campo (Psidium guineense), arbusto frutífero que nomeou o caminho e depois cemitério do Araçá. O capim em floração, uma espécie que quase desapareceu da metrópole (Andropogon leucostachyus) .

Nascentes de água, trechos de Cerrado, Mata Atlântica e antigos caminhos indígenas e de tropeiros – o necessário Parque Fonte Peabiru em São Paulo

Manejo para manutenção da flora típica dos campos-cerrados paulistanos:

De março de 2010 a março de 2012 cuidamos de um pequeno trecho de campos-cerrados dentro do Jardim Didático do Instituto de Biociências da USP. A proposta foi de remoção de espécies invasoras herbáceas que estavam inviabilizando a continuidade da vegetação original, como o capim-braquiária, capim-gordura, agaves e estudar como ocorre a regeneração e seus desafios.

Um dos maiores problemas para a perpetuação dos campos-cerrados é a dinâmica entre a Mata Atlântica e os campo. Originalmente, a paisagem paulistana era formada pelos campos-cerrados entremeados por capões de floresta. Provavelmente constantes incêndios naturais ou provocados pelos indígenas, aliados a fatores de solo, mantinham os campos – que apresentam resistência ao fogo – e   inibiam a proliferação das árvores da floresta e sua nociva sombra.

Com a urbanização, essa dinâmica desapareceu, e os campos nativos passaram a ser colonizados pelas árvores da Mata Atlântica e plantas invasoras usadas no paisagismo, fato que ameaça diretamente a existência do cerrado, que depende de muita insolação direta para existir. Hoje, o único modo de perpetuar essa vegetação nativa é com o manejo humano na remoção das plantas invasoras e mudas de árvores.

Exemplo abaixo:

 

Língua-de-tucano sombreada por árvores invasoras – em processo de declínio por falta de sol direto.

 

 Projeto de manejo e perpetuação dos “Campos de Piratininga”:

área de campos cerrados invadida por espécies exótica do México - agave.

área de campos cerrados invadida por espécies exóticas do México – agave.

Começo da remoção das herbáceas invasoras.

Depois da remoção das herbáceas invasoras como as da foto anterior, as espécies de cerrado começam recolonizar seu espaço original.

após cerca de 2 anos de manejo.

Após cerca de 2 anos de manejo, a fitofisionomia apresenta-se muito semelhante a aquela documentada nos arredores de São Paulo pelo Botânico Usteri em 1911.

Nessa área de cerca de 1000 m² foi realizada a eliminação de plantas estranhas ao cerrado, e após pouco tempo de manejo adequado, percebeu-se uma rápida e intensa recolonização pelas espécies originais que estavam dormentes no banco de sementes do solo e multiplicação das presentes. Esse estudo prático mostrou que a manutenção dos campos-cerrados na cidade de São Paulo é simples e totalmente viável, exigindo apenas alguém que saiba identificar as espécies originais das invasoras.

Muito importantes é a valorização da genética das populações originais dessas plantas dos cerrado paulistanos, já que detêm o patrimônio genético de populações praticamente extintas, que evoluíram ao longo de milhares de anos com as condições locais de clima, fauna, flora e solos e são portanto, únicas. Trazer exemplares de cerrados de outros locais do país pode ser danoso e deve ser pensado.

Outro aspecto importante é a necessidade destas raras plantas sobreviventes serem multiplicadas e espalhadas para outras áreas verdes da Metrópole, buscando a conexão do paulistano com sua história, cultura e biodiversidade.  O cerrado hoje é um “Hotspot” de biodiversidade no Brasil, e na cidade de São Paulo é quase extinto.

EM 2012, A EDITORA ABRIL INSTALOU TELHADOS VERDES COM OS CERRADOS NATIVOS DE SÃO PAULO NA SUA GRÁFICA, ABAIXO:

Criação Ricardo Cardim / implantação SkyGarden Envec

Ricardo Cardim

82 respostas para Cerrados de São Paulo

  1. Ângela disse:

    Bom dia,

    preciso identificar as árvores de um terreno da empresa para qual trabalho. Vocês realizam também plaqueamento e recomendação de quais tipos de árvore usar nos jardins e nas áreas internas? Parabéns pelo trabalho de vcs.

    Atenciosamente,

    Ângela

  2. Márcio Teixeira disse:

    Olá,

    Vi a reportagem na rede record e gostaria de conversar sobre um projeto para aumentar a quantidade de árvores no meu bairro, na zona sul. O site de vocês é o único fácil e interessante no assunto, muito bom.

    obrigado,

    Márcio Teixeira

  3. Alana disse:

    bom dia

    sou professora e gostaria de convidá-los para realizar uma palestra no ciclo de discussões sobre o meio ambiente urbano em nossa escola.
    Qual seria o valor e a disponibilidade de vocês?

    grata,

    Alana Monteiro

  4. Helenice disse:

    tenho uma floresta que era do meu pai perto de Sp, e muitas árvores antigas que gosto muito desde criança. queria saber o nome delas, posso ligar no celular do contato para combinar uma visita?

  5. Carina disse:

    Caro Ricardo,

    Descobri recentemente o site da Associação dos Amigos das Árvores e estou apaixonada! Tem exatamente o tipo de conteúdo que eu procurava há tempos. Sou uma apaixonada por árvores, apesar de ainda não ser uma profunda conhecedora, e também as vejo como seres importantíssimos para a vida de uma cidade como a minha querida São Paulo.

    Eu e um grupo de amigos com interesses comuns temos um sonho de plantar árvores pela cidade, mas francamente não sabemos por onde começar. Precisamos de algum tipo de assessoria, que nos mostre que realmente esse é um trabalho que conseguimos fazer sozinhos.

    Como funciona o trabalho de consultoria que vocês desenvolvem? A ideia é plantarmos árvores nas calçadas ou em alguma praça que esteja precisando ser revitalizada. Precisamos de ideias de como iniciar esse trabalho, se precisamos de autorização da prefeitura, etc.

    Agradeço desde já por qualquer ajuda.

    Abraço,

    Carina

    http://carinacorr.blogspot.com
    http://carinacorr.multiply.com
    http://niamh.zip.net

    http://www.druidismo.com.br
    http://www.druidnetwork.org/br

    • Dantas disse:

      Carina, por gentileza, sabe informar onde consigo plantas ou arvores médias para plantar na Fundação CASA, antiga FEBEM de São Paulo.
      grato.

  6. Thelma disse:

    Olá Carina! Tudo bem??
    Sou paisagista técnica e há muito tempo estou com a mesma idéia que vc e tbm não sei por onde começar.
    É revoltante o pequeno número de árvores em nossa cidade e as poucas existentes, são plantadas em circuntâncias absurdas (mesmo pela prefeitura).
    No meu bairro mesmo, Perdizes, a prefeitura plantou uma série de árvores numa avenida e não respeitando a distância árvore/meio fio resultando em galhos quebrados gerados pela passagem dos ônibus.
    Vamos ver se temos algum sucesso para estes e outros problemas melhorarem!!!

    Abçs a todos,
    Thelma

    • Dantas disse:

      Telma,
      Por gentileza, sabe informar onde consigo plantas ou arvores médias para plantar na Fundação CASA, antiga FEBEM
      grato.

  7. Alan disse:

    gostei muito do artigo da fugueira das lágrimas, que interessante! não sabia dessa “história viva”
    sou publicitário e preciso comprar fotografias de árvores de sp para um trabalho, só que a ajuda de vcs é necessária na identificação e e criação de uma história sobre elas.
    aguardo retorno,
    Alan

  8. Jorge disse:

    desenvolvo ações de sustentabilidade e gostaria de realizar treinamento na minha equipe sobre meio ambiente urbano e o que os nossos colaboradores podem fazer para melhorar o quadro ao redor da empresa. Com quem falo sobre o assunto?

    vou mandar e-mail c/ meu contato

    Jorge Villesaki

  9. Marina disse:

    Estou sempre triste e decepcionada com Sao Paulo…
    As vezes acho q o melhor a fazer é ir embora…
    não vejo solução..
    Como pode um povo não ter noção de
    qualidade de vida e dos beneficios q trazem uma arvore?
    Estamos ao meio de um aquecimento global, e ninguem
    pensa em plantar algumas sombras para refrescar…
    Pq só os bairro ricos tem arvoreS? não custa 1 real
    plantar uma…não compreendo, juro q nao compreendo
    tamanha ignorancia..

  10. Emmanuel disse:

    prezados, gostaria de parabeniza-los pelo projeto “Arvores de Sao Paulo”. Vamos realizar contato com vistas a potenciais parcerias. Abraço, Emmanuel.

  11. Karyn disse:

    Boa noite. Sou estudante de arquitetura e urbanismo e atualmente faço uma pesquisa para área de paisagismo na faculdade. Gostaria de saber quais espécies de árvores são perfeitamente nativas da vila mariana – são paulo? Como faço para saber estes dados? Por favor, muito urgente, obrigada.

  12. Giovanna disse:

    Meu nome é Giovanna e gostaria de orçar um plantio de árvores no morumbi dentro do meu condomínio. mas tem que ser tipos de árvores da mata atlântica. a paisagista que trabalha com a gente não sabe dizer quais são as certas.me mande um e-mail por favor

  13. Rodolfo Usteiner disse:

    Gostei muito da estética e funcionalidade do site. Vcs trabalham com mitigaçao de carbono rural tb?

  14. Pilar Tisner disse:

    Bom dia,
    Minha avó faz 100 anos no próximo ano e estamos organizando uma festa. Participo a alguns anos do projeto clikarvores plantando arvores através do site. Mas gostaria de aproveitar a ocasiao e mobilizar a família em um projeto plantando arvores nos aniversários em um canto da cidade ou em uma praça. Voces poderiam me orientar quanto a isso. Obrigada e parabéns pelo site.

  15. Olá,

    temos algumas mudas de araucária, xixá, pata-de-vaca, uvaia, ipê-amarelo e peroba para vender, na zona norte de SP. Interessados entrar em contato pela página http://matasnativas.wordpress.com/

    Grata,

    Monika.

  16. Camila disse:

    Interessante!

  17. fabio disse:

    gostaria de saber se possivel aonde encontrar muda de canela -preta para plantar aqui na zona sul desde ja agradeço pela atenção

    • Ricardo Cardim disse:

      Fábio,

      vá na nossa página “contato” e procure nos endereços indicados, boa sorte!

      att.

  18. Agnaldo disse:

    Adorei esse site, sou apaixonado por arvores, gostaria de saber se existe algum curso para aprender mais sobre as arvores nativas da cidade de São Paulo.

    • Ricardo Cardim disse:

      Agnaldo,

      obrigado! infelizmente não existe um curso sobre isso ainda. quem sabe em breve.

      Abs
      Ricardo

  19. Onde fica o seu viveiro, você pode tirar algumas duvidas de como conseguiu germinar as sementes de copaiba, recebi algumas destas sementes, mas somente uma germinou, nunca usei a vermiculita.

    Não sou formada na área biológica, mas era meu sonho de adolescente, quem sabe daqui uns anos. Seu site é realmente maravilhoso. São Paulo deveria ter mais pessoas engajadas como você.

    Daniela

    • Ricardo Cardim disse:

      meu “viveiro” fica no jardim da Botânica da USP, em um cantinho. A copaíba germina fácil e sem tratamento, mas suas sementes não duram muito guardadas, e eu tive melhores resultados com terra orgânica (terra mesmo não esses substratos de casca de pinus etc). Quanto a Biologia nunca é tarde.
      Mais uma vez obrigado pela força, e vou linkar sua página no blog, depois dê uma olhada…
      abs
      Ricardo

  20. Pingback: Depois de 300 anos os pinheiros voltam a Pinheiros « Árvores de São Paulo

  21. alex disse:

    bom dia, me chamo alex e estava lendo os seus trabalho sobre o trabalho de vcs e gostei muito, e gostaria que vcs me tira-se uma duvida moro na zona leste de sao paulo e gostaria de saber que tipo de arvore que posso planta na minha calçada nao pode ser uma arvore que cresça muito por causa dos fios, mais tamb nao quero uma arvore pequena tem quer ter uns 4 metro de altura se for possivel vcs me der uma dica que tipo posso planta .

    • Ricardo Cardim disse:

      Alex,

      recomendo o cambuci ou araça, que tem essa altura, são nativas e dão frutos saborosos e pequenos

  22. Marcela disse:

    Olá faço um trabalho aqui no Butantã com a comunidade de Vila Sônia, gostaria de ssaber onde posso encontrar uma árvore da Copaíba, talvez na USP, ou algum local da cidade onde eu possa encontrar essa árvore para coletar sementes e gerar mudas?

    Obrigada e parabéns pelo site!

    • Ricardo Cardim disse:

      Marcela,

      obrigado! no bairro da Granja Julieta existem muitas, ali na rua Eponina Fonseca,em um muro extenso de cor branca de um condominio de prédios (lago dos cisneis) tem uma. na USP não existe a espécie fácil de ver.
      abs

  23. mia disse:

    Ola, amo arvores, gostaria de saber como consigo uma muda de tibouchina mutabilis, ja tentei varias formas mas nao obtive sucesso, sou apaixonada por suas flores, desde ja agradeço.

    • Ricardo Cardim disse:

      Mia,

      essa espécie hoje é comum no CEAGESP em São Paulo, sugiro ir lá na sexta ou terça de manhã bem cedo para comprar…

      att.

  24. Mariana disse:

    Olá Ricardo…

    encontrei o site Árvores de São Paulo, completamente sem querer e fiquei bastante contente com o achado. O trabalho realizado por lá é incrível e muito animador para pessoas como eu, apaixonadas por árvores.

    Tenho um blog, que trata de assuntos ligados ao meio ambiente, sustentabilidade e política, indico por lá blogs relacionados aos temas. Vou indica-los também! Gostaria de pedir sua permissão, para eventualmente, utilizar algumas fotos de lá nas minhas postagens (evidentemente relatando a fonte).

    Infelizmente não consegui abrir nenhum dos links, disponíveis na página de contato, sobre viveiros e mudas. Você sabe me informar se existe algum tipo de registo documentando as árvores de São Paulo, que esteja disponível ao público.

    Espero que possa me responder.

    Mais uma vez, parabéns pelo bom trabalho que faz!

    Mariana M. Thomé
    http://www.evolucaosustentavel.blogspot.com

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Mariana,

      obrigado! fique à vontade para linkar e usar as fotos com créditos. Não conheço nenhum registro assim, se procurar no google acredito que você possa achar.
      Parabéns pelo seu blog!
      abraços
      Ricardo

  25. Profa. Sandra disse:

    Prezado Ricardo,
    Acabo de ler seu depoimento sobre os maus-tratos a árvores em diversos locais de São Paulo.
    Não sei se você sabe, mas há vários casos semelhantes no próprio campus da Universidade.
    Sou professora da FFLCH e me surpreendi, na semana passada, com a quantidade de chapinhas de patrimônio pregadas às árvores, entre o prédio da Administração da FFLCH e o estacionamento da FAU.
    Foi por acaso que prestei atenção nisso, ao me dirigir ao meu carro, e agora, com o alerta publicado pela Revista da Folha, resolvi escrever a você (encontrei seu email no site da Associação). Penso que se poderia também tomar alguma providência em relação ao nosso próprio campus. Uma campanha, talvez?
    O mais urgente, conforme entendi, é retirar as plaquinhas, que certamente foram pregadas nas árvores como brincadeira!

    Cordialmente,

    Profa. Sandra Guardini T. Vasconcelos (Departamento de Letras Modernas, FFLCH).

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Sandra,

      essas plaquinhas são pregadas geralmente para trabalhos da geologia, prefeitura do campus e empresas terceiras de obras. Se forem pregadas com pregos de aço inox não são problematicas, mas se for pregos convencionais sim. Enfim, o melhor é não pregar nada nas árvores.

      atenciosamente,
      Ricardo

  26. Ariovaldo disse:

    Boa noite!

    Sou Jornalista, moro no interior de São Paulo e achei linda sua atitude de preservar o meio ambiente. Fiquei feliz em saber que não é somente eu que tenho essa preocupação. Seria muito legal se você fizesse uma viagem monitorada para levar as pessoas a conhecerem essas raridades que tem em São Paulo. Eu tenho uma chácara me Boituva e plantei abricô-de-macaco, Palmito Jussara, Fruto do Tucano, Fruto do Sábia (dizem que atrai 40 tipos de pássaros, Aguaí, Calaburra, quatro espécies de araçá e uma árvore conhecida como: Alegria dos Pássaros. As minhas árvores estão pequenas ainda, mas pretendo futuramente fazer a doação de sementes e de mudas. Agora estou querendo a muda de uma árvore chamada Pindauva fiquei sabendo que é uma linda árvore que está em risco de extinção já encontrei a árvore, mas não consegui as sementes. Mas enfim desejo a você sucesso e felicidades nesse trabalho grandioso pela vida.

    Que a estrada se abra à sua frente,
    Que o vento sopre levemente em suas costas,
    Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
    Que a chuva caia de mansinho em seus campos,
    E, até que nos encontremos, de novo…
    Que Deus lhe guarde nas palmas de suas mãos!

    Prece Irlandesa

  27. rogerio luis rosa disse:

    Bom Dia a Todos,

    Sou apaixonado por arvores e agora no inverno os ipes começam a florir.Apesar da mancha urbana que não para de crescer felismente podemos encontrar varias especies espalhadas pela cidade.Eu tenho um muito prazer em colher as sementes colocaçlas para germinar e esperar alguns meses e sair plantando pelas praças e claro respeitando alguns criterios.Eu gostaria de encontrar pessoas e poder compartilhar a mesma terefa e com certeza melhorar a qualidade de vida em nossa cidade.

  28. Pingback: Decretada a preservação dos campos cerrados do Jaguaré « Árvores de São Paulo

    • Gustavo Accacio disse:

      Caro Ricardo,

      vi a reportagem sobre o cerrado do Butatã no SP TV e tenho algumas informações sobre isso: quando eu fazia minha tese de mestrado (no IBUSP) com borboletas urbanas no início da década de 1990, existiam relictos dessa vegetação de campos do Butatã numa boa parte da cidade universitária – desde o ICB até o local onde hoje está a faculdade de veterinária. No ano passado, quando refiz os circuitos por mim percorridos, essa vegetação tinha sido reduzida a pequenos bolsões (no entorno da caixa d’água atraz do ICB e em trechos isolados do outro lado da avenida principal em frente a esse instituto). Nesses bolsões a lingua-de-tucano era e ainda é comum, e pode haver outras plantas que se julgue desaparecidas por lá também.

      Espero que seja uma informação útil.

      Att,

      Gustavo Accacio.

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Gustavo,

      Valeu, suas informações são bem interessantes. Quando estive perto da caixa de água no ano passado percebi que quase tudo está tomado por árvores, capim braquiária e gordura, mas preciso voltar lá para ver com mais calma, vou fazer isso em breve. Perto, na parte de cima do jardim do IB tem um trecho pequeno e bem conservado, com vários exemplares de murici-do-cerrado, talvez os últimos nativos da Cidade. Você não teria fotos do local na época de sua dissertação para me passar? Seria bem legal mostrarmos.

      abs
      Ricardo

  29. Aline disse:

    maravilhoso o trabalho no cerrado!! você faz mais que muita empresa milionária por aí…

    • Ricardo Cardim disse:

      Obrigado Aline! E ainda temos muito trabalho pela frente para salvar o resto na USP.

      abraços
      Ricardo

  30. Vera disse:

    Acabo de descobrir seu blog e gostei muito!!!!
    Sou uma paulistana que escolheu morar no Rio por não conseguir viver numa cidade cheia de asfalto, concreto, carros e quase sem árvores….
    Por isso é tão bom saber que aí ainda tem gente que tb ama as árvores.
    Uma vez li um artigo no jornal sobre o Rubem Fonseca, ele se dizia um amante de árvores e citou uma palavra que define quem é “adorador de árvores”.
    Infelizmente não anotei esta palavra e acabei esquecendo-a… vc conhece?
    Queria compartilhar seu blog no Facebook, como faço?
    Adoro amoreiras, e no Rio parece que elas não se dão bem… talvez pelo clima quente demais, ou o tipo de solo, não sei.
    Sugiro vcs fotografarem muitas amoreiras em SP, logo estarão carregadinhas de amoras, e nesta cidade tão cinza e inimiga do verde elas até sobreviveram com dignidade… lembro de uma que fica – espero que ainda esteja lá – ao lado da biblioteca Mário de Andrade.
    Saudações verdes!!!
    Vera

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Vera,

      obrigado pela força! Ainda não sei mexer direito no facebook… mas quanto as amoreiras é uma boa idéia, aqui em SP sua safra é aprecidada por muitos pedestres. No RJ deve ser o clima que não apetece a essa planta da China.

      Abraços verdes

      Ricardo

    • Vera:
      “Dendrofilo” (“dendrófilo”), em grego, significa “amigo das arvores”
      Celso do Lago Paiva, Curvelo MG

  31. A iniciativa é extremamente auspiciosa, e poderia ser imitada por outras administrações municipais, para que ao menos algo de natural reste em meio ao deserto edificado.

    No entanto devo apontar o fato de a area ser caracterizada pelo Decreto como “Parque Municipal Ecologico”, categoria não mencionada no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza; Lei federal 9.985, de 2000,):

    “Art 11 O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, na recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

    § 1º O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei.

    § 2º A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração, e aquelas previstas em regulamento.

    § 3º A pesquisa científica depende da autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como aquelas previstas em regulamento.

    § 4º As unidades dessa categoria quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal”.

    Esse Parque, portanto, não se diferencia legalmente de uma praça publica.
    Não pode ser citado como unidade de fiscalização e está, portanto, fora da alçada fiscalizatoria do Ministerio do Meio Ambiente e de toda a legislação ambiente.

    Essa foi a estrategia adotada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para o Parque Olhos-d’Água, que está sendo rapidamente descaracterizado pela destruição do cerrado, para plantio de grama e de mudas de arvores exoticas.
    É uma pena, pois é o ultimo reduto de cerrado nativo no coração de Brasilia. Leiam a respeito:

    1. SANTOS PEREIRA, A. C., 2005. Problemas ambientais do Parque Olhos-d’Água, Brasília, Distrito Federal, decorrentes do manejo e uso pú­blico. Brasí­lia, Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa, 66 p., il., manuscrito. Pro­fessor Orientador: Prof. João Marcelo Lopes. Trabalho de Con­clusão do Curso apresentado ao ICESP como parte dos requisitos para a obten­ção do título de Tec­nólogo de nível superior em Gestão Ambiental Urbana.

    2. SANTOS PEREIRA, A. C., 2007. Problemas ambientais do Parque Olhos-d’Água, Brasília, Distrito Federal, decorrentes do manejo e uso pú­blico. Revista de Direito Ambiental 47.

    Isso pode ser ruim para a conservação, pois permite que a administração municipal faça o que bem entender na area, a despeito do Artigo 4.o, que expressa que o Parque alfred Usteri […] destina-se à preservação e recuperação de fisionomia de campo-cerrado no terreno em questão”.
    Basta a Prefeitura conservar pequena parte da area intacta, para que esse artigo seja respeitado.

    Espero que a administração municipal atente para a questão, redefinindo o Parque Alfred Usteri como Parque Natural Municipal, enquadrado no SNUC.

    Isso deve ser feito antes da redação do Plano de Manejo.

    Abraço,

    Celso

    Celso do Lago Paiva

    Pesquisador de conservação de plantas nativas in situ e ex situ
    invasões biológicas em ecossistemas naturais
    ecologia e gerenciamento de áreas úmidas
    ecologia e gerenciamento de matas secas (matas e campos caducifolios sobre calcario)
    Instituto Pró-Endêmicas
    http://br.groups.yahoo.com/group/proendemicas/

    celsodolago@hotmail.com

    Morador na bacia do Rio das Velhas
    (Curvelo e Santana do Riacho)

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Celso,

      obrigado pela contribuição. Vou repassar aos colegas essa colocação.

      abs

  32. Darlene disse:

    Oi Ricardo, em uma floreira do meu quintal nasceram 3 plantas que não conheço (acho que trazidas por pássaros que nos visitam diariamente). Uma delas cresceu rapidamente e já está com +ou- 40cm de altura e me parece bem forte. Observando as fotos acima, percebi que ela se assemelha muito ao tarumã-do-cerrado. Também tem 5 folhas por galho, com o mesmo formato, porém, são de um verde bem forte e parece que foram enceradas, têm muito brilho. O que vc acha?

    Um abraço,
    Darlene

  33. Darlene disse:

    Oi Ricardo, hoje, pela manhã, vi vc em uma breve reportagem sobre o corte de “árvores invasoras”, pela Record. Acho que eram árvores no centro de São Paulo, se não me engano. Mais uma vez, uma ação radical em consequência da irresponsabilidade humana. Afinal, me pareceu que não eram adequadas àquela área. Mas, apesar disso, as pessoas vão sentir falta de sua bela sombra, não é mesmo? Gostei muito de vê-lo, afinal só o conhecia através das fotos do site. A sua figura, em meio às mudas, parece fazer parte da flora. Nasceu predestinado a protegê-la. Parabéns! Ah, minha primavera ainda está em pé, firme e forte, pois, graças a Deus, tem chovido bastante e mantido a terrinha dela bem úmida. Hoje mesmo fui brindada com a presença de um pequeno colibrí que circundava os dois únicos galhinhos floridos dela, bem em frente da minha janela. Depois pousou em um dos galhos e permaneceu ali por um bom tempo, soltando seus “piadinhos”… um presente de Deus!

    Até breve,
    Darlene

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Darlene, muito obrigado por suas agradáveis considerações… Dói mesmo ver árvores sendo removidas, mas a culpa aí é nossa de sempre querer brincar de deus e não respeitar a rica herança que recebemos. Assim plantando uma nativa no lugar vamos arrumando aos poucos a biodiversidade e melhorando a herança que deixaremos para as próximas gerações. E fico feliz que a primavera está se restabelecendo!

      abraços
      Ricardo

  34. Letícia disse:

    Bom dia !

    Eu sou Letícia aluna do curso Tecnologia em Biocombustiveis – IFSP, estou desenvolvendo um pesquisa em produção vegetal,estou trabalhando com o fruto da árvore Pterodon emarginatus Vog/ Pterodon polygalaeflorus (Benth) que é nativa brasileira e típica do cerrado.
    Pesquisando cheguei até o site Árvores de São Paulo, que achei muito interessante e rico em informação sobre a flora da cidade de São Paulo.
    Gostaria de saber se você conhece a espécie de árvore que estou pesquisando, e se poderia me ajudar com algumas informações, como época de floração e frutificação.

    Grata;

    Letícia Karen dos Santos
    Estudante de Graduação do curso Tecnologia em Biocombustíveis – IFSP
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
    Campus Avançado Matão

  35. Darlene disse:

    Olá Ricardo,

    Depois de muuuuuito chocolate, voltemos às nossas queridas plantinhas. As frutíferas estão super-lindas, bem viçosas e continuam crescendo, estão agora com aprox. 50cm., cheias de folhinhas novas… as de lichia e de café ainda estão um pouco menores, porém fortes.
    Quanto à primavera, tadinha, continua sendo “atacada”. Para ajudá-la, dissolvi o fertilizante granulado 10-10-10 em água e joguei na base da árvore, mas a “vizinha” chegou bem na hora “H” e advinha…. logo tratou de cavar e retirar toda terra ao redor do caule, deixando a pobrezinha quase sem terra. Mas, apesar de tudo, ela ainda está aparentemente sadia. Já um pezinho de lichia que havia nascido na floreira de minha calçada e que vinha cuidando com tanto carinho, não teve a mesma sorte, primeiro foi mutilado, e após eu o ter tratado, jogaram, me pareceu, óleo quente sobre ele, pois ficou torrado de um dia para o outro e em volta dele a terra ficou engordurada, de tal modo que nesse espaço não nascem mais as gramíneas que costumavam nascer. Um absurdo! Pretendo colocar no lugar uma muda de dracena. Você acha que devo retirar toda essa terra e substituí-la por uma terra nova antes de plantar a dracena? Na verdade, gostaria de plantar uma linda muda de quaresmeira que já está com quase 1m de altura (vaso) mas não vou arriscar. Pelo menos dracena eu tenho outras, caso a danifiquem.

    Um abraço,
    Darlene

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Darlene!

      Fico feliz que elas estejam indo bem, também com todo o carinho que dá a elas o resultado não poderia ser outro! Com relação a essa vizinha acho que chegou a hora de denunciá-la. Fotografe o ato ou documente para mim (arvoresdesaopaulo@gmail.com), para que possamos publicar aqui. Também procure a Secretaria do Verde (SVMA) para denunciar o fato. A multa é de no mínimo 10.000.
      abraços,
      Ricardo

  36. Darlene disse:

    Oi Ricardo,

    Tenho visto vc em algumas aparições na TV. Estive muito triste nesses últimos meses, pois quase perdi minha querida privamera. Ela perdeu todas as folhas, ficou toda seca e começou a soltar pedaços de galhos bem secos. Nunca havia ficado assim, tão debilitada. Pensei que o intento da vizinha havia vingado. Chamei um rapaz para tirar os galhos secos, pois ela se abre acima da laje, regava com mangueira todos os dias (inclusive os galhos) e fui aplicando fertilizante líquido na base. Depois de uma grande luta por meses, consegui salvá-la. Está muito linda e florida (para desespero da vizinha). Uma amiga tirou algumas fotos dela hoje e, assim que ela me enviar, repasso a vc, ok? Quanto aos pés de frutíferas, estão bem crescidinhas. Será que é necessário podá-las? Os galhos estão crescendo mais na horizontal.
    Hoje, pela manhã, passeando com meu cachorro me deparei com um cenário muito triste. Não sei de quem é a incorporação, mas uma esquina toda foi demolida para construção de mais um prédio no bairro e, bem no centro do terreno, estão duas lindas e frondosas árvores (acho que são mangueiras) que, com certeza serão eliminadas. Essas árvores devem ter mais de 30 anos pois, quando nos mudamos para cá, em 1979, elas já existiam. Caso tenha uma oportunidade, elas estão na esquina das ruas Vicente Leporace com João de Souza Dias, no Campo Belo, a uma quadra da R. Vieira de Morais. Nosso bairro está sendo invadido por prédios e mais prédios, bares e mais bares. Alguns preservam alguma coisa, mas a maioria… Acho que o Campo Belo, em breve, se transformará em Moema 2, só prédios. Fico triste pois era um bairro bem residencial e tranquilo e agora… Sinto que pouco ou quase nada posso fazer para preservar nosso verde. Se puder ajudar… somos todos gratos, eu e os que adoram tudo que vive.

    Abraços,
    Darlene

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Darlene, que bom que a primavera melhorou! Você tem toda a razão quanto a possibilidade do Campo Belo virar a Moema 2. Cresci em Moema e lá era somente casas e quintais, com poucos prédios, já hoje… Me envia também a foto dessas mangueiras, se for possível, para eu publicar.
      Quanto as frutiferas, a poda não é obrigatória todo ano.

      abraços
      Ricardo

  37. Oi Ricardo! Primeiramente, gostaria de dar os parabéns por todo seu trabalho, tanto no blog quanto fora dele! Não sou da área de biologia/botânica, mas levo como um hobbie o estudo e apreciação de espécies de plantas e pássaros, e seu blog já me auxiliou e vem auxiliando bastante com isso… além de todo seu engajamento em proteger as espécies nativas e nossa biodiversidade. Procurei na internet e não encontrei página do Parque Usteri, nem informações de visitação, ele é aberto ou apenas uma região tombada para proteção? Você sabe informar sobre isso? Gostaria de visitá-lo… e essa região manejada da USP em torno da caixa d’água do ICB, é aberta? Há caminhos para se andar e não pisar em nenhuma espécie (talvez esse seja um dos cuidados de vocês)? Sou estudante da USP, então seria fácil visitar a região de campos cerrados de lá.

    Abraço

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Daniel,

      Obrigado pela força! O parque Usteri está em fase final de implantação, mas ainda fechado para visitação. Já na caixa de agua do ICB ainda não existe cerca, dá para visitar, e é só seguir as trilhas que não tem como causar danos `´a vegetação.

      abraços

  38. Carlos Alberto Ribeiro disse:

    Boa tarde Ricardo,

    Penso que tenho uma informação interessante pra vc,é com relação a
    plantas de cerrado.Não tenho certeza,mas aparentemente tem plantas do
    antigo cerrado de São Paulo na área limítrofe entre Parque do Carmo e
    Sesc,bem lá atraz,na pista de caminhada do Parque,na parte que é mais
    alta,tem uma cara parecida com as do terreno do Jaguaré.Penso que vale
    a pena dar uma olhada.Abraços,

    Carlos Alberto Ribeiro

  39. Darlene Colpani disse:

    Oi Ricardo, tudo bem?

    Quanto às mangueiras, infelizmente foram realmente cortadas. Uma tristeza. Restam apenas dois enormes troncos cortados rentes ao solo. Acho que só irão retirar as raízes com as máquinas de escavação.
    Enviei a foto da minha primavera prá vc pelo hotmail há algum tempo. Estava linda, não estava? Logo em seguida, ela começou a perder as folhas e flores, e está ficando com aparência de árvore seca novamente. Já está com poucas folhas. O que pode estar acontecendo? Acho tão estranho… com tanta chuva… Vejo outras, nas casas da redondeza, que estão bem vivas e ainda com flores. Comprei novamente fertilizante líquido 8-8-8 para aplicar na raíz. O que vc acha? Tem alguma outra indicação?

    Um abraço,
    Darlene

    • Ricardo Cardim disse:

      Olá Darlene,

      adubar é relamente sempre bom, mas siga a quantidade correta. Uma pena as mangueiras, a guerra contra o verde na cidade é mesmo intensa, mas não podemos desistir!
      abraços

  40. Denis Vinny disse:

    Bom dia, Ricardo.
    Parabéns pelo excelente trabalho. Eu sou um entusiasta da natureza e fico inconformado com diversas atitudes de agressão não só à botânica, mas também pelos problemas de poluição e outros.
    Mas falando sobre botânica e árvores, eu sou um “fotógrafo urbano” e gosto muito de registrar espécies de árvores e também insetos dentro da cidade. Apesar do concreto e aço que nos rodeia, é prazeroso ainda encontrar beleza escondida por aí.
    Gostaria de poder de alguma forma ajudar, contribuindo com fotos e registros que venham a ser interessantes ao site, bem como participar de reuniões para aprender e mesmo contribuir em atividades eventualmente. Breve lhe mando um e-mail com meus contatos, mas fica aqui minha vontade em ajudar.
    Tenho aprendido muito em identificar espécies através de seu site. Parabéns novamente.
    Denis Vinny!

  41. Darlene Colpani disse:

    Olá Ricardo,
    Tudo bem? Parece que o site está com uma roupagem nova. Gostei. Estou muito feliz pois minha primavera está literalmente carregada de flores. Maravilhosa… É a mais bela florada de todos os tempos. É uma verdadeira guerreira… sobreviveu a todos os ataques e agora nos presenteia com lindas e fartas flores. Acho que as minhas constantes regas com fertilizantes ajudaram. Já os pés de limão, tangerina e lixia ainda não deram flores, apenas o pé de café que está cheio de florezinhas e logo dará frutos (assim espero).
    Hoje caminhando pela redondeza, me deparei com muitos frutos amarelos caídos no chão. Pareciam nesperas só que redondas. Mas ao pegá-los, a textura da pele era de pêssego e o cheiro simplesmente maravilhoso. Parecem mini damascos, bem macios e carnudos. É uma árvore grande, alta e está carregada desses pequenos frutos. Não os provei pois não sei do que se trata, mas confesso que fiquei muito tentada pois o aroma é delicioso. Infelizmente não tenho como fotografar. Será que vc tem idéia do que se trata? Retirei o caroço de 3 deles e plantei. Me deu até pena de desprezar a polpa. Abraços, Darlene

  42. jose disse:

    nossa parese que etrei num paraiso

  43. Darlene Colpani disse:

    Obrigada pela dica. Consultando o google com o nome de uvaia, confirmei sua sugestão. É ela mesma. Dos 8 carocinhos que plantei em setembro, 3 já apontaram fora da terra. Estão com 2 cm de altura. Parece um matinho. Daqui a algum tempo dou notícias sobre as mudinhas. Quanto à construção que cortou as lindas mangueiras, hoje tive o dissabor de notar que as grandes árvores que ficaram na calçada que rodeia o empreendimento, tiveram todos os quadrados de terra que tinham à sua volta, concretados rentes à calçada, sem a mínima condição de receber água na raíz. Ao me dirigir a um dos corretores de plantão, o mesmo respondeu que eu enxergo demais, que ele não via nenhuma árvore concretada, e que se as mesmas tivessem sido concretadas elas teriam morrido. Sem mais delongas, virou as costas e me deixou falando sozinha. Existe algum meio de obrigá-los a desconcretar as bases das árvores antes que elas venham a sofrer algum dano? Se é que já não sofreram, pois não sei há quanto tempo estão assim. Não bastasse o imenso calor e a falta de chuva, elas ainda ganham concreto. É inaceitável. Precisamos demais delas.
    Obrigada e um abraço,
    Darlene

  44. Darlene Colpani disse:

    Oi Ricardo,
    Tudo bem? Como já comentei anteriormente, tenho diversas frutíferas em vasos grandes. Tangerina, limão, pitanga, lichia e café. Estavam todas muito bem. Os pés de limão estavam com frutinhos miudinhos, mas acho que os pássaros comeram, pois sumiram. O pé de café estava cheio de frutinhos verdes nos galhos. Como já fazia algum tempo que não fertilizava a terra, por orientação de uma loja perto de casa, coloquei uréia, na quantidade indicada na embalagem (+ou- 3 colheres de sopa por vaso), pois eles me disseram que essas plantas precisavam disso para dar frutos. Coloquei na semana passada ao redor da terra, reguei bastante em seguida e, para meu desespero, nos dias seguintes as folhas começaram a ficar queimadas e a cair. Hoje (02.02), os pés que antes estavam todos verdes, estão quase sem folhas e com os galhos ressecados. Por favor, me diga o que posso fazer para reverter esse quadro. Estou muito triste, pois há anos venho cuidando dessas arvorezinhas com muito carinho e gostaria de vê-las novamente saudáveis. Será que, ao invés de ajudar, acabei matando as frutíferas. Me ajude…

    Abs,
    Darlene

    • olá Darlene, realmente adubos químicos em excesso ou mal aplicados podem matar a planta. Em casa sempre use adubos orgânicos, como estercos curtidos de frango, bovino e humus de minhoca… boa sorte na recuperação! Abs

  45. Darlene Colpani disse:

    Infelizmente acabei perdendo os pés de café, pitanga e lichia. Tentei trocar a terra dos vasos, mas já era tarde… Desidrataram completamente e secaram. Uma pena… já estavam bem grandinhos (l,50m)… Os de limão e tangerina, apesar de perderem muitas folhas, estão conseguindo se recuperar. Apliquei a quantidade indicada pela loja e na embalagem. Agora é plantar tudo novamente em suas épocas e não seguir conselhos desastrosos. Obrigada pela dica dos adubos orgânicos. Abs

  46. maria de lourdes silva disse:

    BOA TARDE MEU QUERIDO AMIGO DESCONHECIDO: Sou admiradora de fauna e flora e estou fazendo um relado literario longo para dar de presente a minha sobrinha de cinco anos. Ela vive no Bairro do Jaraguá perto da estaçao de trem. Quando fiz a viagem averiguei o entorno floral e arbustifero que havia e gostaria de citar no relato mas com nomes corretos e se possivel algumas arvores que vi no entorno ecologico. Ficarei imensamente grata, me bastaria com apenas algumas como as que vi: quaresmeiras e araucárias. Muito Obrigada

  47. Priscila Ferrari de Oliveira e Silva disse:

    Olá! eu gostaria de ajuda para identificar uma bela árvore que provavelmente será derrubada para construção de um loteamento na minha cidade (São José do Rio Pardo, interior de SP). Já me disseram tratar-se de madeira de lei, um óleo, mas como eu não entendo nada, procuro ajuda. Tenho fotos e algumas pessoas coletaram galhos com sementes (o q achei intrigante – se a informação for procedente – é que da mesma árvore coletaram sementes de formato diferente, meio estranho isso…kksksks). Por favor, me ajudem?

  48. Darlene Colpani disse:

    Olá Ricardo,
    Tudo bem? Tenho visto vc no Verdejando… Parabéns, sempre nos dando dicas úteis e preciosas.
    Hoje tenho boas notícias. Apesar de ter perdido os pés de lichia, café, pitanga e tangerina por erro na adubação, no mês passado colhi o 1o. limãozinho cravo aqui em casa. Veio de um dos pezinhos que consegui recuperar. Nossa… vc não imagina como fiquei feliz… Agora já são arvorezinhas com 1,50m e estão cheinhas de limão. Depois de sua informação sobre a Uvaia, plantei os carocinhos e já tenho umas 8 mudinhas de 20 cm aproximadamente. Estão ficando bem fortes. Tb plantei uns carocinhos de tangerina cravo graúda que estavam brotando dentro do próprio gomo e agora já estão com quase 20 cm de altura e bem saudáveis. Tb brotaram os inúmeros carocinhos de mexerica carioca doce, alguns já estão com quase 8cm. Ganhei uma mudinha de café bem pequenina, que estou cuidando para ficar forte e crescer como a que perdi. Plantei tb, sementes de pitanga novamente e duas coroas de abacaxi. Ufffa…
    Quanto à primavera, no ano passado, nessa mesma época, ela deu a florada mais linda de sua vida, ficou carregadinha de flores graúdas, forte, maravilhosa, de chamar a atenção de quem passava. Já este ano, está meio tristinha, perdendo as folhas ainda verdes, deu bastante flores, mas bem miúdas… continua sem terra na base por causa da “vizinha” e eu continuo regando e fertilizando de quando em quando. Acho que está precisando de uma pequena poda para dar forças.
    Ricardo, há 15 dias venho recebendo todas as noites, a visita de uma única formiga no chão de minha cozinha, que não deve ser sempre a mesma é claro, mas é só de noite e sempre uma só. Ela é marrom, de +ou- 1cm, meio fortinha e ás vezes dá uns pulinhos andando. Não é saúva, pq não tem a cabeça grande, mas lembra um pouco ela. Vc sabe me dizer algo a respeito?

    Abs e muito obrigada,
    Darlene

  49. JUAN CARLOS P NICOTRA disse:

    PARABÉNS PELO SEU TRABALHO E DEDICAÇAO !!! TOMARA QUE EXISTAM MAIS PESSOAS COMO VC !!!

  50. cerradania disse:

    Ola , parabens pelo trabalho. A partir de Brasilia estou tentando implementar a troca de experiencias, estudos, levantamentos, artes, enfim tudo o que possa contribuir para minimizar a pressão pelo mal uso do Cerrado brasileiro.. confira consoco no blog cerradania…

  51. Marcelo disse:

    Olá, moro em Atibaia em uma área que me parece a junção entre a mata atlântica em o cerrado (encontrava muita fruta de lobo por lá). Em alguns terrenos e praças perto de casa na área de cerrado a vegetação está sumindo, pois a prefeitura vai limpar os terrenos com roçadeira e destroi tudo, só sobra a braquiara. Os moradores no entanto acham bom, porque os terrenos ficam “limpos”. Inclusive um dos moradores queria sugerir “canalizar” uma área de nascente, com brejo (onde moram algumas pacas). O povo não enxerga beleza na natureja, pra muita gente planta é sujeira.

  52. Maurício Pires de Toledo disse:

    Necessito, comprar, com URGÊNCIA, uma área de no mínimo de 3.000 (três mil) ALQUEIRES, em região de SERRADO, no Estado de São Paulo.
    Pagamento a vista.
    A finalidade é pra acerto de contas com a UNIÃO.
    Quem souber ou tiver essa área disponível (que será preservada), favor encaminhar para:
    maurpt@ibest.com.br

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