A metrópole nasceu em berço de Mata Atlântica, Cerrado e araucárias. Cresceu, e hoje substituiu sua biodiversidade por plantas estrangeiras. Plantar as nossas árvores nativas é resgatar o equilíbrio ecológico, diminuir manutenção, trazer mais água, ter plantas que se desenvolvem melhor, atrair mais fauna e ensinar as pessoas sobre o nosso maior patrimônio: a natureza.
Assim, nesse Dia da Árvore, o blog traz uma seleção de espécies que acreditamos fundamentais em projetos de arborização e paisagismo em São Paulo. Todas são nativas do território.
- PARA CALÇADAS ESTREITAS:
Pitangueira (Eugenia uniflora) – árvore frutífera de até 4 metros, tem Madeira resistente, e vira um buquê branco em setembro, ficando depois carregada de pequenos frutos que fazem a festa da passarada e pessoas.
Palmito jussara (Euterpe edulis) (lugares de meia-sombra) planta-mãe da Mata Atlântica, alimenta inúmeros bichos do bioma, está em extinção e é muito elegante.
Ipê amarelo (Handroanthus ochraceae) – cresce até uns 4 metros nas condições urbanas de São Paulo e fica totalmente florido em agosto. Madeira dura e resistente.
PARA CALÇADAS MÉDIAS:
Cambuci (Campomanesia phaea) – árvore símbolo da cidade e que hoje está quase extinta por aqui. Já foi comum a ponto de nomear bairro e rio. Dá frutos muito saborosos, tem madeira resistente e forma elegante. Na cidade altura média de 4 metros e tronco de 25 cm de diâmetro.
Inga (Inga sp.)- árvore frutífera que recobria às margens dos rios paulistanos, cresce rápido e é muito ornamental.
Tarumã do cerrado (Vitex polygama) – árvore escultural, produz frutos comestíveis semelhantes a uma azeitona preta. Muito rara hoje.
PARA CALÇADAS LARGAS:
Copaíba (Copaifera langsdorffii) árvore belíssima, de copa ampla e arejada, Madeira resistente, com folhas médias e frutos pequenos apreciados pelos pássaros, pode viver mais de dois séculos.
Canelinha (Nectandra megapotamica)- copa redonda e cheia, folhas médias e frutos pequenos queridos pela fauna, foi a madeira usada nas casas bandeiristas.
Jacarandá-paulista (Machaerium villosum) – árvore de crescimento rápido e copa ampla, com raízes profundas, muito bonita.
PRAÇAS E PARQUES:
Araucária (Araucaria angustifolia) – espécie extinta na forma nativa na cidade, é escultural e emblemática. Cresce rápido e a sol pleno.
Figueira-brava (Ficus organensis, Ficus insipida, Ficus enormis, Ficus gomelleira, Ficus guaranitica, entre outras espécies nativas com esse nome popular) – são as árvores-monumento da flora paulistana. Duram séculos, planta-las é deixar um legado para as próximas gerações. Tem muitas espécies nativas, sendo a mais indicada a Ficus organensis. Muitas crescem em frestas de muros, onde podem ser removidas com cuidado e plantadas em recipientes de mudas para depois ir para a cidade.
Jequitibá-branco (Cariniana estrellensis) – árvore-rei da floresta paulistana, dura séculos e forma uma enorme e bela copa. Muito rara atualmente.
DICAS DE PLANTIO-
Consulte o manual de arborização da prefeitura de São Paulo:
Clique para acessar o MARBOURB.pdf
Atente para o espaço e interferências próximas, abra um berço quadrado de no mínimo 50x50x50 cm, encha o fundo de água antes de por a muda com terra bem adubada, deixe o nível da muda alguns dedos abaixo da calçada e sem mureta para receber a água da chuva e nutrientes, espalhe matéria orgânica seca em volta para evitar ressecamento e coloque um tutor amarrado suavemente com cordinha degradável. A muda deve ter um tamanho mínimo de 1,5 metros para melhor sobreviver.
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Bom plantio!
Ricardo Cardim