
O caqui, fruta muito rara na Cidade, em um caquizeiro carregado de frutos já alaranjados na calçada de frente do Palácio Anchieta, no Centro. Ricardo Cardim
Uma coisa que tem me chamado bastante a atenção ao andar pela cidade de São Paulo é o grande número de árvores frutíferas nas ruas e praças da metrópole. Abacateiros, mangueiras, amoreiras, goiabeiras e outras são presença certa na maioria das ruas arborizadas. A pergunta é – como essas árvores foram parar aí? Quem as plantou?
Sabe aquele costume de pegar o grande caroço do abacate, espetá-lo com palitos e colocá-lo em um copo com água pela metade para germinar? É assim que começou a vida da maioria dessas árvores na Cidade. As mangueiras também tem um início parecido, suas sementes são germinadas em vasinhos e depois acabam nas ruas.
Essas árvores e outras, como a jaqueira, são plantadas pelos paulistanos em um gesto de apreço ao verde e as frutas. Outras como a pitangueira, goiabeira, nêspera são espalhadas pelos pássaros que ao consumirem os frutos os “bombardeam” na malha urbana. A Prefeitura historicamente não planta muitas frutíferas, salvo projeto específico, e prefere as nativas e com fruto pequeno.
O ato do cidadão é nobre, mas muitas vezes inadequado, já que um abacate ou manga na cabeça e no carro não são nada agradáveis, imagine então uma jaca (!). O ideal é o paulistano escolher árvores frutíferas nativas da Cidade, como a pitangueira, goiabeira, cambuci, jabuticabeira, grumixama, cabeludinha, cambucá e jerivá, que apresentam frutos pequenos e saborosos e ainda ajudam a equilibrar o meio ambiente urbano e sua fauna.
Ricardo Henrique Cardim
Olá Ricardo,
Tudo bem?
Maravilha a pagina “Árvores de São Paulo”. Textos pertinentes e muito importantes. Vou divulgar!
Li um texto há muito tempo informando que a caiação de árvores teve início quando europeus trouxeram parreiras e para proteger das pragas usaram uma pequena mistura de cal. É muito difícil convencer as pessoas de que esse procedimento é inócuo e equivocado, além de “feio” mesmo, já que pensam estar fazendo o bem. Em algumas cidades como Brasília, há lei proibindo a prática.
Você teria alguma imagem da “Sapopemba”?
Estou morando na região e a Sabesp com a Prefeitura estão concluindo um Parque Linear com arborização, e talvez encontre algum exemplar. (mando em seguida algumas imagens)
Abraços,
Vera Lucia Dias
bacharel e guia da cidade
Olá!
Gostei muito do blog.
Sou estudante e amante da botânica e começarei a fazer iniciação científica em madeiras. Se vocês souberem de algo pertinente a comercialização e corte de madeira na cidade peço que me informe.
Gostaria também de montar um blog que comentasse sobre este assunto, porém mais voltado à madeira comercial. O que vcs acham dessa idéia?
Agradeço.
Obrigado Camila! Não conheço nenhuma iniciativa pensando nas madeiras comerciais, acho que o blog seria uma ótima idéia, ainda mais se as conectasse com as árvores de origem. Se souber de algo na área lhe aviso.
Ricardo
Olá Ricardo,
meu nome é Juliana e recentemente entrei na SVMA, estou trabalhando com Fiscalização Ambiental. As denúncias que mais aparecem são sobre podas e cortes. Vendo o seu blog e seus artigos, me chamou atenção para o intitulado “Quais são as 10 árvores mais comuns na cidade de São Paulo? “. Gostaria de saber em qual estudo vc se baseou para esta lista, pois já procurei e não encontro um estudo que abranja o município de forma geral? Seria muito interessante se pudessemos ter uma lista maior das árvores que mais ocorrem no município.
Aproveito para parabenizá-lo e dizer que concordo inteiramente com sua revolta contra espécies exóticas. Gostaria de poder ajudar sua Associação.
Agradeço à atenção,
Juliana Hanyu Hirose
Prezado Ricardo Cardim,
Conheci o site “arvoresdesaopaulo” atraves da reportagem da Revista da Folha.
Moro na Rua Moras, na Vila Madalena e sou um apaixonado amador por árvores.
Sou consultor de empresas e tenho um pequeno escritório na Rua Álvaro Anes, de cuja janela vejo a Praça dos Omaguás, que fica bem em frente à FNAC de Pinheiros.
Caminho muito por todo o bairro de Pinheiros e Alto de Pinheiros e fico sempre observando as árvores.
Gostaria de registrar algumas observações e de saber sua opinião:
Por toda a Vila Madalena foram plantadas nos últimos meses algumas Quaresmeiras e outras espécies, em pontos vazios nas calçadas, acho que foi uma iniciativa da prefeitura, muito louvavel por sinal.
Porém o que observei é que apenas uns 30% das mudas vingaram, por falta de cuidados.
Ou seja, plantam-se novas mudas, boas mudas, mas morrem por falta de cuidado.
A segunda observação é que foi criado um canteiro no meio da Rua Pedroso de Morais ao longo de toda a Praça dos Omaguás e continuando até o cruzamento da Cardeal Arcoverde.
Nesse canteiro foram plantadas mudas altas e bem formadas de Pau Ferro (deixaram algumas covas sem mudas, não entendi porque).
Achei uma belíssima iniciativa, pois o que mais vejo são calçadas sendo destruidas para dar lugar aos carros, e aqui o que se viu foi exatamente o contrário.
Para minha tristeza, porém, tenho visto que as árvores não tem sido cuidadas e temo que muitas delas não vinguem.
Além disso, um carro subiu no canteiro em velocidade, bateu numa árvore que se encontra semi tombada e nada foi feito.
Bem, são pequenas observações sobre as quais gostaria de saber sua opinião, pois tenho certeza que fatos como os relatados se repetem diariamente na cidade.
Cumprimento você pela qualidade do site, e espero tornar-me um frequentador.
Um abraço,
caro Elvio, obrigado por sua apreciação. Muito pertinente suas observações. Uma das propostas dos Amigos das Árvores de SP é justamente estabelecer parcerias público-privadas para auxiliar na manutenção das árvores novas e antigas da Cidade. Para isso já contamos com o apoio da Secretaria do Verde e esperamos em breve iniciar os trabalhos. Realmente a árvore nova é como qualquer outro “filhote” e precisa de cuidados constantes nos primeiros anos, senão de nada adianta uma belissima muda de viveiro ser plantada e depois esquecida, pois acostumada as “mordomias” do viveiro ela sofrerá enorme baque com a falta de cuidados nas ruas e sua chance de sobrevivencia será mínima. O que podemos por hora fazer é adotarmos algumas proximas a nossa casa ou escritorio e cuidarmos delas, em um ato de cidadania e amor a Cidade. Se cada Amigo da árvore cuidar de 5 já será um grande avanço.
Abraços
Ricardo
Prezado Sr. Ricardo,
Encontrei o seu e-mail no blog “árvores de São Paulo” e gostaria de saber se o Sr. poderia me orientar com relação à poda do pinheiro bravo. Na verdade, nem sei ao certo se é este o tipo de pinheiro que tenho em casa, mas pelas fotos que achei na internet é o que mais se parece. Os meus pinheiros atingiram uma altura considerável (uns 15m) e como foram plantados muito perto uns dos outros a impressão que dá que é que os galhos estão perdendo suas folhas. Gostaria de podá-los de forma correta para ficarem mais fortes e não tão altos, pois em época de tempestade os troncos, que já são finos (uns 30cm de diâmetro),envergam de tal maneira que parecem que vão quebrar.
Agradeço desde já a sua preciosa ajuda e caso esse assunto não seja da sua área, agradeço se o Sr. me indicar algum livro ou site que fale a respeito.
Atenciosamente
Anna Maria Vassallo
Por favor Ricardo, me diga se posso enterrar direto sem secagem prévia a sementona do caqui alaranjado , aquele mais durinho que o vermelho mas qeu não é o chocolate. Eu estou inclinado a enterra-ls direto em terra preparada mas queria uma orientação. Será que poderia me ajudar??
Qto ao pomar urbano, não entendo estas autoridades públicas cínicas e cretinas qeu não utilisam as áreas públicas gigantescas como canteiros de marginais e parques e vias com gabarito para tal para o plantio de árvores de todo o tipo para gerar alimento para a população .Ìsto é de uma miopia, alegar qeu traria transtornos é pura desculpa pois bastaria uma ação educativa de parceria com a própria sociedade e vc iria ver o qeu esta cidade iria ganhar com uma iniciativa desta. E o Rio Tietê e Pinheiro então, o descaso vergonhoso de passar uma vida nesta cidade literalmente cercada de M… e ser obrigado a conviver com este baixo astral e desenergisação total que este esgoto a céu aberto causa aos pobres paulistanos.
Nota ZERO ainda aos nossos ilustres representantes.
E a poda criminosa de árvores no pseudo MANEJOP feito por firma TERCEIRISADA que alfere lucros astronômicos nas costas do município, sempre a TONANNI, a tempos qeu não vejo outra mamando neste esclusividade d econcessão e que destina a madeira (grande parte de madeira de excelente qualidade para industria de artefatos em geral) celulose deste manejo sabe-se Deus a que aterro ou lixão??? Era impressindível dar atenção a estes aspectos pois trata-se de um tesouro mal versado. Sem dizer qeu ganham por viagem e por caminhão apontado o qeu incentiva ainda mais as podas radicais.
PEnsemos nisto como cidadãos e cobremos ações nestas direções. Chegou a hora de SP sentir qeu a cidade é do cidadão e ela precisa se tornar mais humana.
NAs regiões do centro , E bairros como Bráz , Pari, Mooca etc a´lém de toda da a periferia , estas regiões precisam demais de açoes de plantio e recobertura vegetal, mas a prefeitura n~ão tem intereesse em aumentar o trabalkho de manejo e manutenção deste ítem qeu faz parte vital do saneamento mas se nem o de H2o e esgoto é feito adequadamente o qeu se pode esperar de recobertura vegetal. Eles querem sei, ao invés de eliinar as marginais e rtessgatar a ferradura Hidrica da cidade, alargar ainda mais as criminosas marginais comendo ainda mais as poucas áresa verdes de seu entorno qeu minimisam um pouco a agressão deste equipamento urbano.
At
Obrigado pelo contato e manifestação Ruy. a semente do caqui não gera plantas produtivas como no processo de enxertia, mas caso queira tentar, pode ir direto.
at
Olá, gostei da matéria!
Mas na verdade, estou precisando de ajuda. Alguém sabe onde posso encontrar caule de mamão? É para uma pesquisa para a faculdade.
Muito Obrigada pela atenção.