
Destruição sem causa, uma verdadeira “caça as bruxas”
São Paulo vive nesse ano uma verdadeira moda de “degolar” as suas árvores em derrubadas travestidas de “podas”, que removem toda a copa do exemplar, como se assim ela pudesse sobreviver.
Essa epidemia se deve a população e prefeitura apavoradas com as árvores que insistem em cair por falta crônica de cuidados, seguindo talvez uma suposta lógica de que árvore boa é a árvore sem copa, porque aí não oferece riscos de queda.
Isso está ocorrendo em toda a cidade. Aqui no blog recebemos muitas denúncias semelhantes por dia, e que tem aumentado bem ultimamente. A vítima dessas fotos fica na Rua Sampaio Vidal, ao lado do restaurante Mercearia do Conde. Trata-se de um pau-ferro (Caesalpinia ferrea) da Mata Atlântica em estado fitossanitário aparentemente adequado, adulto, com as característica típicas da espécie, como sua madeira de resistência extraordinária, e que foi sumariamente destruído por motivações alheias que certamente não atendem o interesse coletivo e de qualidade de vida da metrópole. As perguntas são: a quem isso interessou? Qual técnico autorizou? Sob qual argumento?

O frondoso pau-ferro (Caesalpinia ferrea) antes de sua destruição

Tronco em bom estado, com a madeira (cerne) em boas condições. Isso sem considerar a qualidade e dureza da madeira dessa espécie, tão resistente que recebeu no nome “FERRO”
Chega a ser cômico o “6 dias úteis para apresentar recurso a partir da publicação no DO” Qual cidadão tem tempo de ler o Diário Oficial todo dia para saber se as árvores de sua rua estão em perigo?

Aqui outra árvore degolada de forma idêntica na Avenida Europa, mostrando indícios de que existe um padrão na atual gestão.
Os cidadãos revoltados com esse corte elaboraram um abaixo assinado, abaixo:
Ricardo Cardim