Olhando uma foto de satélite da cidade de São Paulo, percebemos rapidamente que são extremamente raras as manchas verdes dentro da malha urbana, ainda mais aquelas amplas e com poucas edificações. Um fato que chama a atenção é como a metrópole cresceu sem criar parques públicos de grande porte, que podem ser a “praia” em uma cidade sem grandes atrativos naturais. Talvez o único assim pode ser o Ibirapuera, frequentado por pessoas de todos os locais da metrópole.
Mas será o Ibirapuera suficiente para toda a população paulistana? Claro que não, precisamos de mais parques do mesmo porte no centro expandido e o problema é que os grandes terrenos praticamente desapareceram na sanha construtiva paulistana. Ao meu ver, somente dois terrenos relevantes sobraram para as futuras gerações de paulistanos: o Jockey Clube e o Aeroporto de Congonhas.
O Jockey Clube é um caso aparentemente mais fácil de se tornar parque em um futuro próximo, dado a aparente diminuição de sua utilidade nas últimas décadas e dívidas com a prefeitura – mas claro que serão inúmeras batalhas entre população, poder público e incorporadoras. Com um pouco de vontade política, pode-se passar a marginal para os seus fundos e a população ganhar o primeiro grande parque com acesso a beira do ainda morto Rio Pinheiros.
Já no aeroporto de Congonhas, ainda beira a utopia a sua desativação – mesmo estando em uma área densamente populosa – bem diferente do vazio de quando foi inaugurado. Mas certamente no futuro será incompatível sua operação, e o terreno ficará disponível para, quem sabe, se tornar outro “Ibirapuera”.
A provocação nesse post é justamente para percebermos a São Paulo que vamos querer para o futuro e nossos filhos. E não deixarmos perder a última chance de uma cidade com mais “praias” aos seus habitantes, que é o que representam essas duas áreas livres e verdes.
Ricardo Cardim
Apesar de estar situado fora do centro expandido, acredito que o campo de marte seja uma área com a mesma relevância das duas citadas e com maior probabilidade de um dia se tornar um parque.
Dentro do centro expandido, duas áreas que não podem ser esquecidas são o hospital militar do cambuci (rua independência) e a também ocupada pelo exército ao lado do ginásio do Ibirapuera.
Obrigado pelas lembranças!
Ainda na segunda, 31/08/2015, passando pela Marginal Pinheiros na altura do Jockey, pensei nesse espaço como parque e no risco de ele ser engolido pelas incorporadoras. Associações de defesa da cidade podem ser mobilizadas para defendê-lo. Você, Ricardo, poderia liderar essa mobilização.
Obrigado Sandra!
Olá Ricardo! Gostei do texto. Também penso que S. Paulo precisa urgentemente de mais áreas verdes. Como você destacou, a área do Jockey é mais fácil de ser transformada em parque – isso seria ótimo para todos! Quanto a Congonhas, acho difícil que aconteça. Moro 2km depois desse aeroporto e vejo no meu bairro e vizinhança a sanha imobiliária assediando proprietários de casas – grandes ou pequenas – para a construção de prédios de 20 ou mais andares, que projetam sombras enormes no entorno, prejudicando moradores que ainda continuam em suas casas. isso além de tirar o sol das ruas! mas não perdi a esperança de ver dias melhores para nossa cidade.
Abraços
Gostei demais de imaginar a cidade com essas novas futuras áreas verdes! parabéns pelo olhar de esperança…
Se em cada teto de edifício compatível fosse plantadas 6 arbustos , creio que São Paulo seria uma cidade verde e o ar seria mais respirável.
PAULO SCHRANK
Concordo com o artigo. As pessoas vao aos parques e feiras do verde, compram plantas mas nao cuidam deixando as morrere. Nao plantam uma arvore na calcada e reclamam do calor e falta de chuva e falta de arvores.
Existem tantos terrenos fechados pela prefeitura por inumeras razoes os quais poderiam.transformar se emum pequeno jardim publico. Um exemplo, proximo a estacao santa cruz, existe o terreno onde existia um bingo. Por que nao transforma lo em jardim com bancos e arvores e rosas onde os trabalhadores possam relaxar apos o al moco?
Nao existe um lugar onde possa se sentar e descansar de andar por calcadas que mais parecem trilhas do que calcadas.
Fica minha sugestao de um locsl para contruir um jardim.
Marta
Olá Ricardo, tenho esta mesma preocupação. Acompanho o crescimento desta metrópole e entendo que não podemos nos calar perante o total descaso com a qualidade de vida dos cidadãos. Parece que poucos percebem que estamos rumando para o caos, sem água, sem energia, enfim, sem possibilidade de suporte para a vida. Construí um artigo que fala sobre uma área que chamei de “remanescente de área verde urbana” , em especial o Parque Estadual da Baronesa, em Santo André/SP, que está sendo invadido por habitações precárias. O endereço do artigo é 😦http://www.amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/cidades_verdes/article/view/986/1009). Os Remanescentes de Áreas Verdes são o tema que escolhi para a minha dissertação de mestrado, em curso dentro do programa de pós-graduação da FAU/MAckenzie.
Gosto muito de acompanhar o seu blog. Em sua palavras encontro forças para seguir adiante com a ideia de que necessitamos de áreas verdes de porte, precisamos parar de impermeabilizar, e, devemos plantar árvores. Interessante a sua procura por espaços para implantação de parques. Infelizmente, verificamos que a política do atual prefeito é contrária a isso. A prova é a ocupação com moradias populares do Parque dos Búfalos, e o decreto que permite instalar equipamentos urbanos nos parques já existentes, absurdo sem precedentes. Queria entender de onde virá a água para abastecer as futuras residências?
Conte comigo, grande abraço, Iaci.
Muito obrigado Iaci!! Abraços!
Aumentar os parques é de extrema importância no momento se quisermos reverter as altas temperaturas. Existem vários terrenos abandonados ou fechados pelo governo/prefeitura por irregularidades. Estes lugares deveriam transformar-se em pequenos parques com árvores e bancos para que as pessoas pudessem relaxar na hora do almoço, por exemplo, o prédio que comportava um bingo e fechado por irregularidades sito na avenida domingos de Moraes em frente ao banco Itaú e próximo ao colégio Arquidiocesano. Existe um ponto de ônibus em frente, se houvesse um jardim iluminado a noite com árvores e bancos .. seria um lugar reconfortante para todos especialmente os fumantes que desejam fumar logicamente colocar um lixeira para a s pitucas. Por falar em lixeiras e pitucas de cigarros, a prefeitura deveria colocar lixeiras e lixeiras para pitucas de cigarros nos pontos de ônibus.