Ouvi o seguinte comentário essa semana “Tem que parar de plantar árvores, porque não podemos gastar água para regar até elas pegarem”. Na feira de plantas do Ceagesp, um tradicional vendedor reclamava que ninguém queria mais comprar plantas com o medo de não ter água para regar depois, e o movimento estava ruim.
Parece que está havendo uma inversão de valores: de “fábrica de água” que são as plantas, elas passaram a ser vilões e responsáveis ou exemplos de desperdício de água. Que situação. Continuando essa linha de pensamento, o futuro de São Paulo está claro, é um extenso deserto construído empoeirado e quente.
Daqui a pouco começam a indicar o plantio de cactos e plantas suculentas de deserto – que gastam pouca água, mas também não retornam quase nada para a atmosfera e mais chuvas – é o caminho para deixarmos de ser uma cidade na Mata Atlântica para uma estepe desértica.
Pouco se falou ultimamente na mídia, mas a vegetação tem um papel fundamental para a abundância de água na cidade. Através da fotossíntese, ocorre a liberação de vapor no ar, que o umidifica e favorece as precipitações. As árvores adultas, com suas profundas raízes, tiram milhares de litros de lugares inacessíveis do solo e a jogam na atmosfera.
E sem esquecer do mais importante na urbes: a chuva que cai não escorre e desaparece rapidamente no bueiro, ela se retem nas folhas e galhos, e se houver espaço permeável, segue para alimentar o lençol freático, que abastece os rios e represas.
Estratégias de irrigação e reaproveitamento não faltam para regarmos as nossas “fábricas de água urbanas”. Desde a água da lavagem de alimentos até cobertura morta no solo podem ser usados. Água para áreas verdes urbanas, se usada com inteligência, não é desperdício, é investimento.

Para lembrar…
Ricardo Cardim
É muito triste esse tipo de comentário, como também saber de pessoas que matam as árvores das ruas (lógico que não às claras) porque elas “sujam” a frente de suas casas. Perto de minha casa há um novo empreendimento, vão construir duas torres de apartamentos. Dizimaram várias árvores maravilhosas, adultas, cheias de pássaros. O barulho da moto-serra doía no coração. No dia seguinte, o silêncio, não se ouvia mais os pássaros. Sobraram só dois coqueiros.
Pois é, para o brasileiro folhas caídas das árvores são lixo, mas sacos plásticos, latas, garrafas, papéis, etc, jogam de monte nas ruas. Quanta inversão de valores, quanta falta de noção.
Adorei o artigo. Parabéns
Espero que esta inversão de valores que está havendo entre algumas pessoas não se transforme no pensamento da maioria. Precisamos divulgar informações como esta para toda a sociedade que ignora a importância da vegetação em áreas urbanas.
Abraços
Riciane
27-Janeiro-2015 – Agro Castanheiras Ltda. Prossegue PLANTANDO na fazenda Castanheiras – Municipio de Sao Paulo – executando voluntariamente (por idealismo) o Plano de Reversão Florestal , desde 2004 – Aproveitando cada chuva que venha a ocorrer na região para plantar, com as mudas preparadas disponiveis vide =>>> http://agroreserve.com/index.html
Cordialmente, William Conceiçao Hering => wh@agroreserve.com
Realmente, estamos colhendo o que cortamos e deixamos de plantar! falta de água, poluição, calor, stress por cimento, vidros, prédios altos… Está tudo invertido mesmo! que o povo e o governo acordem para essa realidade!!!!!
RicardoEstamos numa luta maior do que nunca pela manutenção do Parque Augusta todo verde,sem a destruição da especulação imobiliária lá.Precisamos agora mais do que nunca de defensores da natureza !!!AbraçosAna Dulce Maraschin
Date: Tue, 27 Jan 2015 12:28:18 +0000 To: adp.maraschin@hotmail.com
O ser humano vai ser responsavel pela sua propria extincao!
Outra dica de economia de água é o uso da Descarga a Seco – http://www.DryFlush.com.br/
DryFlush é uma solução química biodegradável para desodorizar a urina, colorir a água e higienizar o vaso sanitário, sem utilizar uma gota de água da descarga.
Engº Rodrigo Mendes
Árvores são vitais, principalmente agora. O descaso e a ideia de descartá-las é o sintoma do quanto a população está longe de ter uma noção de sua importância.
A frase que eu mais ouço em São Paulo é: “puxa vida! precisamos arrancar esta árvore aqui da frente de casa. Ela é muito grande. Tenho medo que caia.”
Quando um parente fica doente ninguém leva ao cemitério. Todos levam ao médico.
Quando um animal doméstico está doente também ninguém dá uma injeção letal e enterra. As pessoas levam ao veterinário.
Porque com as árvores todo mundo envenena e derruba? Não deveriam as árvores receber mesmo tratamento que os animais e humanos? Muita hipocrisia e ignorancia juntas!!