É comum ver nas áreas verdes da cidade a cena de trabalhadores com roçadeiras cortando o gramado entre árvores ainda jovens. É um método rápido e eficaz de resolver o problema e deixar a cidade com um aspecto melhor, mais arrumado, e aparentemente isso não prejudica em nada as plantas do parque ou praça.
A questão fica por conta de um detalhe inusitado: esse tipo de cortador de grama geralmente chega bem perto do tronco da arvorezinha e encosta nela, na tentativa de “caprichar” o trabalho e não deixar grama alta em volta da árvore. Nesse momento, a máquina arranca em círculo a casca, fazendo algo que pode matar o exemplar e é conhecido como “anelamento”, promovendo a interrupção total ou parcial do fluxo de seiva e sequelas para a planta.
Grande parte das mudas urbanas devem morrer vagarosamente ou “não pegar” por esta causa, e não somente vandalismo ou falta de água.

A mesma árvore da foto de cima, um guapuruvu, agonizando provavelmente por causa dos cortes. Condenada ao nanismo, deformação ou morte lenta.
Esse problema já foi percebido por outras cidades e a solução é muito simples, não exige trocar o equipamento de corte, vultosos recursos públicos ou trabalhosos coroamentos em volta da muda que a ressecam:

Simples e barato – um pedaço de cano de pvc cortado na vertical serve de “perneira” para a muda e a protege. Aterro do Flamengo – Rio de Janeiro.

Em Buenos Aires, o estado da arte: um cano espaçoso e resistente para o tronco e que protegerá a planta ainda por muitos anos, fixado com duas estacas caprichadas para não sair. Reparem nas marcas deixadas pela lâmina ou fio da roçadeira – esse impacto iria para o tronco.

Para finalizar e aplaudir o cuidado dos nossos vizinhos portenhos com as árvores urbanas, lá elas ganham além da “perneira” protetora do seu colo, uma coleira próxima a copa que afasta inimigos naturais como insetos.
E em São Paulo, a maior cidade do Brasil? Quando se dará tal atenção para que as nossas árvores jovens sobrevivam, promovam saúde e o dinheiro do contribuinte seja justificado?
Ricardo Cardim
HADDAD TEM DE SANCIONAR A LEI QUE CRIA O PARQUE AUGUSTA AT FINAL DE DEZEMBRO. AJUDE-NOS A PRESSION-LO.OBRIGADA
Date: Mon, 2 Dec 2013 22:02:39 +0000 To: adp.maraschin@hotmail.com
Parabéns pela alerta sobre o corte de grama que podem provocar feridas através das roçadeiras.
Nadia – Rio de Janeiro
A pergunta é retórica, eu sei. Mas atrevo-me a responder que só teremos os mesmos cuidados com as árvores quando o profissionalismo for condição de contratação dos responsáveis. Não o mero nepotismo, ou sei lá o quê.
Alex. olha q interessante
Bj!
Esse problema é conhecido e já foi abordado em outros blogs, levando inclusive ao cancelamento de projetos voluntários em São Paulo: http://matasnativas.wordpress.com/category/iniciativas/sao-paulo/
Boa tarde, Ricardo, eu estou com uma duvida e pode ser que voc me ajude, eu sou coletora de sementes nativas e voc sabe me dizer se tem como eu imunizar as matrizes para que no ocorra “poda” destrutiva com elas? A prefeitura de Volta Redonda – RJ, acaba com as rvores e assim as matrizas marcadas entram na dana, ento queria saber se existe alguma lei que possa imunizar essas matrizes para que no ocorra a destruio das mesmas! Agradecida desde j,Abraos,Simone Puntel.http://simonepuntel.blogspot.com.br/
Date: Mon, 2 Dec 2013 22:02:37 +0000 To: simonepuntel@hotmail.com
tima ideia e que vou adotar no meu prdio e tambm no stio onde eu mesmo uso roadeira (no com fio de nylon).Ser que o pessoal da prefeitura de So Paulo (Parques e Jardim) leu o seu post? Att., Celso Casoy
Ricardo,
Trabalho no Departamento de Agronegócios, Pesca e Meio Ambiente da Prefeitura de Ilha Solteira/SP e me interessei sobre a “coleira” que você cita neste artigo. Você conhece este produto? Sabe onde poderia ter mais informações sobre eles? Temos muitos problemas com formigas no nosso município, principalmente nas mudas jovens. Estamos com problemas para usar alguns produtos tóxicos, por isso acredito que esta seja uma boa opção.
A propósito, parabéns pelo Blog.
Att
Fernando
Muito bem visto…
Gostei, espero que este tema seja publicado em vários jornais e até mesmo em outros
meios de comunicações.
Aqui em Sampa a coisa tá feia em se tratando de roçadeiras na manutenção
das praças publicas e parques da cidade.
Em meu condomínio eu já estou me deparando com está situação.
Estou tentando resolver com apoio dos moradores.
Aqui em Porto Alegre tenho usado garrafas PET cortadas nas extremidades para proteger as mudas.