O bosque que rodeia a histórica Casa do Butantã, na Zona Oeste de São Paulo, conserva árvores raras e interessantes da cidade. Um exemplo são as antigas jabuticabeiras, sobreviventes de um tempo em que o bairro do Butantã ainda era rural e o Rio Pinheiros passava em frente ao casarão, e não nos fundos como atualmente.
Em uma delas ocorre uma cena comum na Mata Atlântica – o “abraço” de uma figueira-brava que cresceu apoiando nela (casca mais escura na foto). Algumas espécies de figueiras nativas costumam ser epífitas na sua juventude, e como bromélias e orquídeas, crescem sobre as árvores, em forquilhas com alguma matéria orgânica e umidade. Depois de um tempo, suas raízes alcançam o solo e então se transformam em árvores sobre a coitada que recebeu suas sementes da avifauna.
Nas árvores – que crescem lateralmente em espessura – esse “abraço” pode ser fatal se atingir toda a circunferência do tronco, mas nas palmeiras isso não ocorre devido ao tipo de crescimento dessas plantas, e ambas podem viver juntas por décadas. Importante lembrar que essas figueiras não são parasitas e não fazem mal ao meio ambiente, são árvores belíssimas e que deveriam ser mais plantadas nas praças e parques.
Ricardo Cardim
com fotos, árvores, também e sobretudo com um olhar de “olhos de ver” …. a poesia se faz presente ………
Nossa, nunca tinha visto isso. Muito interessante! É incrível com a flora é variada e perfeitamente equilibrada.
ainda sobrevivem algumas jabuticabeiras em torna da antiga Penitenciaria de São Paulo. São muito antigas. Vocês já viram?
Não as conheço, onde fica a antiga penitenciária? abs
oi Ricardo. adorei a foto. Gostaria de ver mais fotos de jabuticabeiras em Sao Paulo. vc tem ideia o porque a prefeitura tem preferencia por plantar amoreiras e nao mirtaceas como as jabuticabeiras?