Espécies de figueiras existem em diversas partes do globo. Na cidade de São Paulo elas tem presença marcante em nossas ruas, parques e praças, refletindo as chamadas “ornamentais” – de origem exótica – vindas principalmente do continente asiático e plantadas por aqui desde o final do século 19. Exemplos são a ficus (Ficus benjamina), figueira-lacerdinha (Ficus microcarpa) e a enorme falsa-seringueira (Ficus elastica) , as mais comuns.
O que pouco se sabe é que a Mata Atlântica tem espécies belíssimas de figueiras, que no passado chegavam a dimensões colossais e apresentavam raízes tabulares impressionantes, hoje infelizmente muito difíceis de serem vistas próximas as cidades. Em São Paulo, uma destas espécies nativas pode ser considerada um ícone da nossa biodiversidade, a figueira -brava (Ficus organenesis), que fez e faz parte da história paulistana em diversos momentos.
Essa árvore que alcança belo porte e grande idade, marcou pontos urbanos como o limite da antiga São Paulo (figueira-das-lágrimas) e o Largo da Memória, no Centro. Dois exemplares também muito antigos, provavelmente mais que centenários, vivem na atual Casa do Sertanista ou Caxingui, imóvel histórico do século 17 no Bairro do Caxingui (Zona Oeste), e estão aparentemente esquecidos no local que hoje é museu municipal, sendo possivelmente até contemporâneos a casa e nascidos em uma época rural.
Plantas como essas deveriam ser valorizadas como exemplares únicos remanescentes de nossa flora e divulgadas, além de reproduzidas para serem plantadas em outras áreas públicas e resgatar a história e a rica natureza ancestral paulistana.

A outra figueira acabou sendo incorporada no canteiro da avenida pela loteadora no século passsado, e está a poucos metros do outro exemplar. Infelizmente tem vários pregos fincados em seu tronco, que podem ameaçar sua saúde.
Endereço – Casa do Sertanista
Pça. Dr. Enio Barbato, s/nº – Caxingui, São Paulo, SP
Fone 11 3726 6348
Obs. Visitação suspensa temporariamente para obras de restauro.
Ricardo Cardim
Muito legal.
Olá Ricardo,
Resido nesta região há 28 anos, na Rod. Raposo Tavares Km 14 e no Km 12 prox. ao Parque da Previdencia existem enormes figueiras (acredito serem) a beira da estrada, sempre majestosas e dignas de serem admiradas!!!
Gde Abraço e Parabens pelo seu trabalho, SUCESSO!!!!
Muito obrigado Lina, abraços!