Justamente no dia em que lembramos da importância da árvore e de todas as plantas para a nossa sobrevivência, possivelmente hoje será a votação do relatório do Código Florestal na CCJ do Senado.
No atual momento do planeta, parece inacreditável o Brasil ter de passar por uma discussão como as alterações (para pior) do Código Florestal. Novamente temos a velha situação dos interesses privados querendo prevalecer sobre o coletivo.
Durante os últimos cinco séculos não soubemos cuidar da nossa fantástica herança recebida – liderança em biodiversidade e disponibilidade de água – questões hoje consideradas de segurança nacional em escala global. Se a pressão exercida por grupos sem o menor conhecimento do funcionamento dos Biomas brasileiros prevalecer, podemos realmente ter em breve um “apagão” desses elementos vitais para a sobrevivência humana.
Colocar a moderna agropecuária e a preservação da vegetação nativa como incompatíveis é no mínimo uma manobra antiquada e tendenciosa. A tecnologia – que já possuímos de ponta em muitos setores agrícolas – pode e deve ser o norte da produção sustentável em harmonia com o equilíbrio ambiental.
Preocupante também na proposta de alteração do código é a anistia. Grande injustiça com os proprietários e suas gerações anteriores que respeitaram a lei a todo o custo e preservaram. O vizinho que destruiu tudo e lucrou produzindo com essa área desmatada ficará em visível vantagem – e também os especuladores de terras. Somente isso já coloca em alto risco a biodiversidade nativa sobrevivente.
Em um cenário que se deslumbra de agravamento das condições climáticas extremas, como ficarão as encostas e corpos de água sem a vegetação nativa? A resposta já nos foi dada nesses últimos anos em eventos como os do Estado do Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Outra possibilidade absurda é a eminente destruição dos poucos remanescentes atuais, que resistiram por força da legislação após a abertura predatória das fronteiras agrícolas e conservam as últimas populações de plantas e animais nativos de determinados locais. Esses testemunhos poderão se extinguir para sempre, causando um dano irreparável para as próximas gerações.
Para trás seguem algum setores políticos brasileiros, e se nada for feito, com eles seguiremos todos no mesmo rumo.
Ricardo Cardim
Prezado Senhor Ricardo,
Tem a presente a finalidade de perguntar ao Senhor se é de seu conhecimento qual as espécies que enfeitam a Rua Hadok Lobo, Alameda Santos, etc… em São Paulo, pois la estive por um longo período, todas vez que perguntei aos moradores dos locais visitados o nome daquelas frondosas arvores nunca tive resposta do nome, quiça da espécie, veja bem que a uma dessas pessoas a quem perguntei já contava com 83 anos de São Paulo e não soube responder o nome da árvore que embeleza a frente de sua moradia, se puder ajudar agradeço. É uma árvore de tronco grosso, cascudo puxado para o marrom, alta e folhas bem pequenas e geralmente estão escoradas por ferragem.
Paulo
Paulo,
é a tipuana, a árvore mais comum de SP.
abraços
Olá Ricardo, bom dia!
Que complicado isso, hein:
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,usp-vai-cortar-13-mil-arvores-no-campus-do-butanta,776208,0.htm
Obra a toque de caixa?
Ricardo, ainda temos que conversar sobre a maneira de conseguir mudas de especies de cerrado para a praça Mal. Deodoro, se lembra?
Um abraço,
Rafael Zanola
Olá Rafael,
realmente! Quanto as mudas, vc consegue me enviar uma foto da praça na hora de maior insolação?
arvoresdesaopaulo@gmail.com
abraços
Tenho algumas mudas de lobeira. Estão bem pequenas ainda, mas em breve precisarão de um lar permanente.
valeu David, fica a oferta para os nossos leitores!!
Olá David, se precisar de um lugar para as lobeiras, estou precisando de mudas para a Pça. Mal. Deodoro no centro de SP.
Quando estiverem prontas para o plantio, dá um toque!
Abraços
Olá ricardo, gostaria de sabe se possível o nome cientifico ou popular da arvore que aparece na foto do dia da árvore com o troco de seiva avermelhada.
Obrigada.