Até o dia 6 de agosto na EXPOLAZER, no Expo Center Norte, estará à mostra um jardim realizado somente com plantas nativas ameaçadas de extinção da vegetação original da cidade de São Paulo. A convite do paisagista Edu Lotfi, forneci a consultoria de espécies, composição biológica, fotos e textos explicativos. Abaixo a apresentação do projeto:

Área com 25 m² representando a riqueza de plantas nativas da biodiversidade paulistana, com dois biomas - Mata Atlântica e Cerrado.
O que podemos chamar de sustentável em paisagismo? Essa pergunta se torna ainda mais importante se considerarmos o fato de o Brasil ser o país com a maior biodiversidade do planeta. Antes de ser jardim, um terreno já foi natureza, com inúmeras plantas e animais em complexas interações. Respeitar esse rico passado e valorizar a nossa herança natural, aliando a beleza com a funcionalidade ecológica é conseguir esse objetivo. E essa foi a proposta deste espaço.
No Ano Internacional das Florestas e, estando São Paulo no domínio da Mata Atlântica, a protagonista do projeto é uma planta em risco de extinção, o palmito-jussara (Euterpe edulis) assim como encontrado originalmente na floresta – uma população de diferentes tamanhos e idades, trazendo um interessante efeito plástico. Para as partes de vegetação baixa, resgatou-se outra bela planta ameaçada, vinda dos cerrados paulistanos, a língua-de-tucano (Eryngium horridum) hoje quase desaparecida em estado nativo na metrópole.
O paisagismo urbano sustentável é capaz de resgatar a biodiversidade ancestral e consequentemente a qualidade de vida e bem-estar dos habitantes das cidades.

Uma trilha atravessa a vegetação, onde à esquerda pode ser observado um palmital de jussaras de diferentes idades e tamanhos, assim como encontrados em florestas paulistanas sobreviventes, como no Pico do Jaraguá.

Na parte da frente, presença de diversas frutíferas das Mata Atlântica e Cerrado de grande apelo ornamental e capazes de melhorar o meio ambiente urbano.

Trecho com plantas típicas dos campos de cerrado paulistanos (Campos de Piratininga). Araça-do-campo, línga-de-tucano e barba-de-bode vindas do viveiro dos Amigos das Árvores de São Paulo.
No sábado, 6, a entrada é livre das 10 às 17 hs. Visitem-nos e conheça como a nossa natureza também é bonita e útil!
Localização –
Expo Center Norte
Rua José Bernardo Pinto, 333
São Paulo – SP
Ricardo Cardim
Ricardo:
Muito oportuna essa exposição!
São poucas as plantas nativas já empregadas no paisagismo e na jardinagem: orelha-de-onça, gerivá, juçara, quaresmeira, braço-de-mono, alguns ipês, e pouca coisa mais…
Utilizando-se nossas plantas nativas, é mais fácil chamar a atenção para sua beleza e importância e, com isso, valorizar e proteger as áreas de vegetação natural, que aos poucos vão sendo destruídas furtivamente.
Envie suas notícias para a lista de informação do Instituto Pró-Endêmicas, que soma esforços com você pela preservação da natureza paulista:
http://br.groups.yahoo.com/group/proendemicas/
Abraço,
Celso
Celso do Lago Paiva
Instituto Pró-Endêmicas
Muito obrigado Celso!
abraços
Muito legal! Como paisagista concordo totalmente. Esse e o presente e principalmente o futuro
Abraço
Obrigado pela força Lara! abs
Boa noite Ricardo!
Estou pesquisando através da internet, e que tipo de planta ou arbusto nativo p/ uma area urbana de 80 metros onde as laterais do terreno há edificações com moradias e o fundo com o rio onde há muitos bambus. Foi designado que eu plantasse 14 árvóres, mas como a área é estreita e há casas estou com receio que essas mudas venham atrapalhar , o que devo plantar p/ ficar quites com a lei , e sem prejudicar os vizinhos?
Grata.
Aguardo
Stella Marys
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Stella,
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