Mesmo sendo presença constante na paisagem paulistana, o Pico do Jaraguá, com seus 1135 metros de altitude, é ainda injustamente um desconhecido da maioria dos habitantes de São Paulo. Em outras épocas suas lavras de ouro foram lendárias e atrairam muitos garimpeiros e curiosos, como viajantes europeus do século XIX. Entretanto, hoje sua principal riqueza é outra – a biodiversidade.
O ponto mais elevado da metrópole conserva nas suas porções mais altas importantes relíquias da vegetação do passado. A partir da Mata Atlântica que recobre as colinas que circundam o monte, entra-se em uma zona de capinzais com alguns arbustos onde aparecem os campos cerrados, com os mesmos elementos descritos pelos antigos Botânicos Usteri (1911) e Joly (1940) para a cidade de São Paulo. Plantas típicas que também existem em outras manchas como o Parque do Juquery e áreas urbanas como o Parque Alfred Usteri e o “campinho da Universidade de São Paulo – USP” (em processo de preservação).
Esses elementos característicos dos campos cerrados no Pico do Jaraguá, aliadas a outras manchas próximas e dentro da cidade de São Paulo sugerem raros remanescentes dos “Campos de Piratininga” , vegetação nativa ancestral quase desaparecida tanto fisicamente quanto da memória dos atuais paulistanos.

Subindo em direção ao cume, os campos cerrados apresentam sua composição típica, com arbustos e pequenas árvores. Ao longe, a metrópole em sua imensidão.

ipê-amarelo-do-cerrado (Handroanthus ocraceae). Só conheço exemplares nativos dessa espécie na área urbana do município de São Paulo na USP.

O desequilíbrio da dinâmica original da relação campos nativos x floresta, está levando ao predomínio desta segunda sobre o primeiro. Antes de ali ser reserva, o fogo era um importante controlador do equilíbrio entre as duas vegetações e nesse caso, benéfico com a periodicidade certa. Deve ser estudada pela direção do parque e pesquisadores a possibilidade de um manejo controlado, sob pena de perdermos a biodiversidade dos campos.
Horário: Todas os dias, das 7h às 17h.
Que fotos fantásticas! Parabéns!
Karina
Obrigado Karina!
abs
que legal esse lugar, nem parece que está dentro de São Paulo… Tenho acompanhado seu trabalho com o cerrado da nossa cidade e realmene fico feliz que um jovem como você esteja lutando, já que parece que ninguém faz nada.
abraços
Odair
Olá Odair, vale a pena subir a trilha do Pai Zé. Muito obrigado pela força! abs
Oi
fotos lindas de morrer! vou passar o texto para meus alunos quando eles voltarem de férias.
Adelaide
Obrigado Adelaide!
abs
Ricardo, tenho 56 anos, consigo fazer a trilha do Pai Zé? Posso lhe enviar fotos das plantas que eu ver pelo caminho para vc identificar?
ab
Jair
Jair,
é tranquilo! quanto as fotos me envie por favor para arvoresdesaopaulo@gmail.com
abs
Ricardo, você indica a utilização desse tipo de espécie em coberturas de prédios? em caso positivo você tem algum material sobre isso para disponibilizar?
abraços
Sim, e já está testado na tecnologia SkyGarden ENVEC e já posso disponibilizá-la comercialmente. Ligue por favor para 11 3148-1514.
abraços
Ricardo
Ola….gostaria de saber onde acho arvore de carvalho aqui em São paulo,de preferencia na capital pois estou precisando de algumas bolotas que nela nascem…
Obrigada pela atenção e aguardo a resposta…