Quantos jovens paulistanos conhecem hoje a biodiversidade original de sua cidade, a maior metrópole brasileira? Em uma época onde se fala muito de meio ambiente, mas ainda de uma forma desconectada e distante, o colégio Magno trouxe uma experiência diferente e enriquecedora – conhecer a natureza dentro do meio urbano.
Os alunos visitaram o remanescente de campo cerrado dentro do jardim do Depto. de Botânica da Universidade de São Paulo (USP), que ajudamos a manter, e puderam observar plantas diferentes que contam a história de São Paulo. No dia seguinte, uma palestra apresentou outras características do bioma e a importância do verde paulistano na qualidade de vida.

Os alunos conheceram o histórico araçá-do-campo, quase extinto na metrópole e que era tão comum a ponto de nomear várias localidades de São Paulo, como o atual cemitério do Araça.

Observando a língua-de-tucano, uma planta símbolo dessa vegetação ameaçada. o Padre Anchieta fazia alpargatas com ela no século XVI.

Experimentando sabores desaparecidos há muitas décadas - fruto da orelha-de-onça-do-cerrado, de sabor doce e suave, que está em plena frutificação. Esses frutinhos dos campos cerrados eram a distração das crianças da São Paulo antiga, em uma época sem chiclete, sorvete e chocolate.
O trabalho na página do Colégio Magno – para ver clique aqui.
Para conhecer mais sobre o trabalho, visite a página Consultoria
Agradeço a ajuda do pessoal da Estação Biologia, do IB – USP, que nos acompanhou e auxiliou.
Ricardo Cardim
Boa Noite, Ricardo! Tudo bem com você?
Sou moradora dos prédios próximo ao hipermercado Extra Jaguaré e estava arrumando algumas coisas e reencontrei a revista em que fala das árvores espremidas entre o extra e o condomínio.
Vi na reportagem que você já havia entrado em contato com a prefeitura e o secretário do Verde e Meio Ambiente prontificou-se a criar uma reserva biológica.
Você poderia me dizer como está o processo, se deu tudo certo? Me preocupa e apoio que as nossas arvores sejam mantidas.
Aguardo retorno,
Obrigada
Vanessa Yumi Fujino
Caro Ricardo Cardim,
Meu nome é Henrique, sou estudante de graduação em Geografia pela Universidade de São Paulo e recentemente tive acesso a uma reportagem na imprensa sobre a sua descoberta da área de cerrado atrás do supermercado Extra no bairro do Jaguaré. Fiquei muito interessado em apresentar um projeto de pesquisa que envolvesse o histórico da sobrevivência do local, um resgate dos processos que fizeram a paisagem do entorno assumir esse formato urbano, em contraste com a permanência de uma rara, e quase intacta, área de mata nativa. Gostaria de pedir, e ficaria muito honrado em ter, sua colaboração nesse projeto. Se o senhor puder me ceder uma entrevista(pode ser por e-mail para não comprometer sua agenda e afazeres) ou até mesmo me indicar um bibliografia a respeito das espécies raras que se encontram no local seria de enorme valia para a minha pesquisa. Meu foco está mais nos processos de ocupação urbana, tentar encontrar alguma lógica que levou essa área a sobreviver. Quem sabe encontrar um padrão que se relacione com outros locais semelhantes e assim colaborar para manutenção de espaços como esse. Desde já quero agredecer sua atenção, frizar que a sua pesquisa será devidamente citada, e parabenizá-lo pelo importante trabalho de preservação das espécies paulistas. Precisamos de esforços como o seu nessa cidade.
Saudações,
Henrique Reis