Recebemos uma contribuição valiosa de nosso leitor Eduardo Siqueira. Trata-se de um artigo do jornal O Estado de São Paulo sobre um fato absurdo ocorrido em 1967 na cidade – o desmatamento das florestas nativas locais para “urbanização”.
Segundo o artigo, era uma mancha de floresta preservada ao lado do Jockey Club de São Paulo (aliás assunto do nosso penúltimo post) que foi destruída sem justificativa e depois usada para construções residenciais nos anos 1970. deve ter sido um trabalho muito bem-feito, já que conheço o bairro e não lembro de nenhuma árvore nativa remanescente ali, só as estrangeiras usuais do paisagismo das casas.
Aquela região, nas margens do Rio Pinheiros, foi uma grande floresta até o começo do século passado conforme se pode observar nas antigas fotografias. Tudo, desde o Jockey até o Panamby, era coberto de matas nativas com perobas, passuarés e jequitibás, que margeavam o rio e iam interior adentro.
Graças a trabalhos “progressistas” como esse, só temos vestígios de florestas hoje no Parque Volpi e alguns terrenos ainda desocupados nos arredores, que são tema aqui nesse blog em outros artigos sobre matas e árvores ameaçadas em São Paulo pela especulação imobiliária.
Clique no link abaixo para ler o artigo:
Desmatamento no Morumbi em 1967 – artigo Estado de S. Paulo
Ricardo Cardim
O “serviço” de transformação da cidade em deserto de concreto começou lá no século XVI pelo visto. Resta saber até quando nossos pulmões vão aguentar a fúria “urbanizadora” das construtoras. Enquanto isso, lá nos países mais desenvolvidos…
é bem interessante essas mudanças de valores que ocorrem ao longo do tempo.
antigamente para se ter posse de terras o desmatamento era até estimulado, sendo reconhecido legalmente.
bom que o conhecimento aumenta e então podemos cada vez mais relevar coisas que antes eram desconhecidas. afinal “o conhecimento muda o conhecido”, é o típico conflito de valores entre gerações presentes e passadas.
apesar da torrente de informações a que temos acesso hoje, muitos (retrógrados e poderosos) insistem em valores obsoletos para argumentar. por isso é importante a discussão de idéias de desenvolvimento sem crescimento que abordagens como o ecodesenvolvimento promovem. alguns acreditam que no Rio+20 algumas regras serão ditadas, mas dado o histórico recente de encontros mundiais para tratar de assuntos ambientais (vide a COP-15), é necessário um tom mais enérgico nas discussões para que as decisões reflitam o conhecimento e necessidades atuais da humanidade.
É verdade Glenn, o assunto tem que ser colocado em pauta de forma enérgica e persistente até mudarmos antigas concepções e interesses privados em detrimento do coletivo.
abs
Ricardo
eu também acho q isso é verdade pq o nosso são paulo está com muita desmatação.
muitos acidentes muitas passoas mortas machucadas feridas isso é muito rui se fosse por mim não ia continuar assim eu ia mudar tudo
tchau
beijosssssssssssss