Uma mania estranha no paisagismo de São Paulo é a grande quantidade palmeiras, e de preferência exótica, isto é, de origem estrangeira. Não tem lançamento imobiliário sem elas, como a popular palmeira-triângulo (Dypsis decaryi), que até pouco tempo atrás era roubada das matas nativas de Madagascar na África e vendida para todo o mundo. Por aqui tem muitas que foram contrabandeadas desse modo.
As matas nativas da cidade de São Paulo eram riquíssimas de palmeiras, e entre elas o palmito – jussara (Euterpe edulis) com seus frutos que alimentavam grande parte da bicharada da Mata Atlântica. Hoje se contam nos dedos locais onde se pode ver o palmito na metrópole. Fora os dentro de vidros e nos pastéis.
Essa casa das fotos, de estilo arquitetônico vanguardista no Alto de Pinheiros, inovou também na arborização, aliando beleza, cultura e sustentabilidade. Os dois palmiteiros já estão bem crescidos e plenamente adaptados ao pleno sol. Palmas ao Arquiteto, que sirva de exemplo.
Ricardo Cardim ****POST N° 150****
Legal, Ricardo… mas, com o preço do palmito lá nas alturas, é melhor a gente não dar o endereço dessa bela casa, ou então ela pode virar recheio de pastel de feira loguinho!
ehehe é verdade Dalva, melhor manter sigilo…abraços
Legal, que ainda existem moradias onde se preocupam com a presença do verde. Os últimos lançamentos imobiliários, principalmente os sobrados daqui de Pirituba não contam com nenhum verde e nenhum espaço de terra para o plantio… É extremamente feio e triste.
Sim sim… muiiitas palmeiras! Estes sequestros de plantas da mata virgem é mais comum do que a gente imagina não é? Fiquei assustado com a qtidade de lugares na estrada de Ubatuba vendendo plantas, vindas a poucos metros dali.
Muito boa a idéia do Palmeiteiro na cidade.
Sou fã de árvores que dão frutos comestíveis. Deveria ser mais comum!
Parabéns pelo site!
Valeu Gustavo!
abraços
Ricardo
Conheci hoje este site, gostei muito do que vi. Parabens
Obrigado Alvaro,
abraços
Ricardo
Olá.
Muito legal esse espaço. Já o visitei várias vezes e não me canso.
Agora, referente a Jussara (Euterpe edulis).
Possuo uma chácara onde tenho plantado apenas espécies nativas e preferencialmente aquelas ameaçadas de extinção. Tenho lá grumixama (Eugenia brasiliensis), cabeludinha (Myrciaria glazioviana), murici (Byrsonima crassifolia), pindaíba (Duguetia lanceolata), pera do campo ( Eugenia klotzchiana), entre outras.
E tenho duas mudas de Jussara em crescimento, embaixo de uma pitangueira, em recipientes enormes.
Muitos dizem que ela não tolera sol pleno. Em pesquisas que tenho feito, parece que a partir dos 3 anos ela suporta mais.
Você sabe me dizer algo sobre isso?
Essas nas fotos estão a sol pleno, numa calçada. Espetacular!
Um forte abraço.
OLá Emerson, obrigado! E parabéns pelas espécies! aliás se puder me dizer onde comprar mudas de pera do campo e murici do campo (B. intermedia) eu agradeço muito. Pela minha experiência também, o jussara quando novo precisa de meia sombra, mas já vi pequenos bem em pleno sol, embora tb já vi muitos bem ruinzinhos. Acredito que se houver uma manutenção, cuidado, ele vai. como no caso dessa foto.
abraços,
Ricardo
Hello Emerson my Frind,
I have found your name here in the internet, hope you are fine? we know us from Tigre
regards
Rüdiger
Parabéns pelo site! Estou seguindo seu blog, reposto algumas matérias inclusive.
Comecei um blog para tentar movimentar a cidade onde moro (indaiatuba-SP) a respeito de temas ligados a sustentabilidade, paisagem urbana, acessibilidade…..
Mas sobre o tema postado, realmente é muito difícil conscientizar as pessoas sobre a importância de espécies nativas! As prefeituras plantam e doam espécies extrangeiras, das espécies comercializadas no Brasil a maioria é estrangeira! Até projetos de reflorestamento são feitos com eucalipto, pinus e outras exóticas.
Acredito que iniciativas como a sua que tem conhecimento na área e abraçou a causa leva informação, mobiliza, e pode ajudar-nos a trilhar novos caminhos!
Vamos trazer nossas florestas para nossas cidades!
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