A tipuana (Tipuana tipu), uma árvore muito comum na arborização urbana de São Paulo e dominante em diversos bairros da Capital, chega a ser um símbolo de alguns, como o Jardins. As ruas repletas delas formam “túneis verdes” e podem ser consideradas um cartão-postal de São Paulo. Geralmente grandes árvores, na Cidade seus exemplares são antigos, remanescentes de plantios da década de 20 a 60 do século passado.
Nativa da Bolívia e Argentina, seu nome vem do rio boliviano Tipuani, onde vivem no seu vale, uma zona montanhosa e de atividade mineira. Quem as observa, percebe uma densa “grama” crescendo e cobrindo o tronco e ramos de tipuanas, aumentando ainda mais a sensação de vegetação densa que elas proporcionam.
Trata-se de uma samambaia epífita nativa, que mal nenhum causa à árvore. É a Microgramma vaccinifolia, ou samambaia-grama, que gosta da rugosidade e umidade do tronco da tipuana, além de sua ampla sombra. Usa a tipuana apenas como suporte, e traz ainda mais beleza aos bairros arborizados com ela.
Ricardo Henrique Cardim
Eu já vivia olhando para as árvores… agora, com essas dicas, vou acabar caindo dentro de algum bueiro!
Como gostaria que todos os meus vizinhos resolvessem plantar arvores assim aqui no meu bairro, certamente teriamos uma qualidade de vida melhor. Mas aqui onde vivo o cimento é o elemento predominante! Algumas plantinhas apenas consegue se instalar na rua, numa briga desleal contra esse urbanismo burro que beneficia apenas aos automoveis! Tem foto no meu blog das tais plantas, é deprimente ver que a natureza representa o lado fraco da questao… e nesse momento perde a guerra! Mas com a ajuda de pessoas assim como você quem sabe um dia não possamos reverter a situação, não é mesmo? Abraços!
Olá Rafael, obrigado! Vi seu blog, muito legal. Temos que trabalhar bastante ainda para morarmos na cidade que queremos.
abraços
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Moro na Rua Abílio Soares, há 17 anos. Era uma rua muito bonita, cheia de casas e árvores como uma Tipuana frondosa com 15 metros de altura, em frente ao meu prédio. Haviam poucos prédios na rua nessa época e comércio mesmo só alguns próximos à Rua Tutóia. Com o tempo as casas foram se transformando em comércio e as árvores começaram a atrapalhar alguns desses comércios. A prefeitura que não gasta para conservar as árvores, paga muito bem para empresas que cortam árvores à pedido dos próprios moradores e comerciantes. A desculpa é sempre a mesma. Tiramos daqui e plantaremos outra lá…não sei aonde. E a rua vai ficando careca. Essa tipuana foi atacada por cupins no seu tronco e nada se fez parac curá-la. Ao invés de admirarem sua beleza, olhavam-na como uma ameaça. Eu fui chamada de louca por uma funcionaria do departamento de árvores e jardins de Vila Mariana porque fui lá pedir para não cortarem a árvore e sim, cuidarem dela pois estava doente.
Essa funcionaria pública, me disse que nunca mais faria nada por essa árvore e esperava que um dia ela caísse na minha cabeça. Mas não ouve jeito, o ponto de taxi recentemente instalado sob as árvores, reclamavam da resina que ela solta no inverno e dos galhos que caíam com a chuva forte. Os comerciantes da rua, tinham medo que um dia ela caísse sobre eles. A síndica do meu prédio não deu tregua para a pobre….até que um dia ela foi cortada. Deu trabalho, apesar o ninho de cupins, seu tronco de 50 cm de diâmetro estava vivo e cheio de seiva vermelha como se fosse sangue…A moto serra funcionou um dia inteiro para terminar aquele serviço sujo…eu chorei muito ao ver aquela velha senhora abatida em meio às dezenas de ninhos de passarinhos estraçalhados no chão. Sua raiz não foi retirada de tão firme que estva fincada ao solo.
Marta,
sua história não está sozinha, recebo muitas mensagens de situações assim – todos reclamam e demonizam a árvore, mas adoram seus serviços, mesmo sem saber – do ar úmido, da temperatura fresca e agradável, do ar puro, do canto dos passarinhos, da sombra reconfortante, e principalmente, de estacionar o carro debaixo delas. A árvore, como não pode se defender sozinha, serve muitas vezes de “bode expiatório” à problemas emocionais de algumas pessoas. Porque não planta uma árvore nova no local da derrubada? Dá uma olhada em nossa parte “contato” com a lista de espécies indicadas.
abraços e parabéns pela luta,
Ricardo
Dê uma motosserra na mão de um brasileiro e descubra o DNA escondido. E tenho dito.
Errei – no lugar de ouve, leia-se houve. Desculpem-me. Obrigada.
Nada sabia a respeito da existência da respectiva árvore.Agora que estou desenvolvendo em uma escola em MG um projeto voltado para o meio ambiente, a meus alunos foi proposto a leitura do livro “É preciso lutar”, que trata do corte de uma tipuana.Assim sendo, venho buscando informações a respeito da mesma.A leitura acima me foi muito produtiva.
Vou aproveitá-las para que meus alunos possam se inteirar mais.
Olá Evlen,
a tipuana é importante, porém ela é da Bolívia, mais interessante seria falar das árvores nativas de sua cidade, que habitam as matas e cerrados e fazer os alunos perceberem nossa riqueza vegetal local.
abs, e boa sorte
Olá Ricardo gostaria de saber se existe corticeira de flor branca nativa do brasil?se tivesse como eu mandar para vc fotos de algumas árvores nativas de minha cidade para vc ver.obrigado pela atenção.
Tem sim. me mande as fotos por favor para – arvoresdesaopaulo@gmail.com
att
Ricardo
eu adoro esta arvore vo fazer um trabalho sobre ela
Oi Ricardo, tenho dois pés de tipuana, em vasos, porque moro de aluguel e nessa casa não tem nem uma grama de terra a não ser meus vasos de plantas e hortaliças, adoraria ficar com elas em meus vasos pra sempre, mas, acho que não vai longe…mesmo podando elas crescem muito, me assustei quando vi uma de 25 metro de altura… altura de um prédio de seis andares…ho que dó das tipuanas que eu tenho! São lindas demais!
Deixe elas nos vasos, se adaptarão ao espaço e nunca chegarão ao tamanho que teriam na terra livre. abs
Amo as tipuanas e os ipês. Você conhece uma planta que se chama incenso? Também é algo a se admirar quando florida. Simplesmente maravilhosa, com grandes cachos acinzentados, grisalhos.
Olá Sônia, sim, visite as página das plantas invasoras.
Comente algo sobre as sibipirunas magníficas que há em São Paulo e também sobre aquelas lindas árvores delgadas, cujo tronco se descasca, deixando ver o branco. Creio que por isso na minha terra são chamadas de farinha-seca. Nem sei se existe realmente este nome. São Paulo tem árvores belíssimas, que me encantam pela força que demonstram. Os jacarandás-mimosos com seus xales roxos, as espatódeas e os flamboiãs chamejantes, os manacás e as quaresmeiras são um deleite.
Sônia, as com a casca branca são paus-ferro – tem um texto sobre elas no blog, assim como as sibipirunas… abraços
Olha a lógica burra da prefeitura, para privilegiar os carros, vai cortar 30 tipuanas na Av Franscisco Matarazzo… https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2009/07/03/a-verde-grama-nos-troncos-das-tipuanas-paulistanas/
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