Quarta-feira passada, na noite antes do feriadão, São Paulo teve seu maior recorde de congestionamento: quase 300 quilômetros! Ontem na televisão, dezenas de chamadas publicitárias dos feirões para venda de automóveis novos de todas as marcas que irão ocorrer nesse final de semana. Centenas de árvores adultas estão sendo cortadas agora em uma das áreas mais áridas e cinzas da Metrópole, a marginal Tietê. Tudo relacionado.
Até quando vamos ampliar as avenidas e ruas na Cidade para comportar mais e mais automóveis? De onde sairá o espaço para isso? A resposta dada pelo Poder Público é óbvia – das áreas verdes urbanas, claro! Afinal, árvores não gritam e nem entram na justiça, só ficam lá quietas, à espera da moto-serra…é bem mais fácil e barato do que desapropriar terrenos construídos. E perdemos mais da já escassa qualidade de vida aqui dentro.
Com a ampliação das marginais Tietê, cerca de 228 mil m² não receberão mais a luz do sol e nem a água da chuva, estarão sepultos para sempre por espessa camada de asfalto. As árvores plantadas há dois anos nas margens do Tietê também desaparecerão, além de várias figueiras, paineiras, ipês e tipuanas adultas dos canteiros centrais. Não vai ser fácil, depois da obra pronta, ficar parado no trânsito da marginal em pleno sol, sem essas árvores para dimuir o calor, melhorar o microclima e a paisagem.
E o trânsito vai voltar nas novas marginais, mesmo com as obras, é só uma questão de (pouco) tempo, com o número de carros novos que entram nas ruas paulistanas todos os dias.
Velha fórmula: para problemas do século 21, soluções do século 20.
Veja o vídeo de André Pasqualini com a derrubada noturna das árvores da foto acima:
http://www.youtube.com/watch?v=ZJglfUILR5k
Assine também o manifesto do IAB para lutarmos a favor da qualidade de vida em São Paulo:
http://www.iabsp.org.br/noticias.asp?nota=1057
Ricardo Henrique Cardim
Pois é! Vi hoje no SPTV um funcionário da DERSA anunciando que no final da obra haverá o triplo de árvores que tem hoje. Milhares serão plantadas aqui, outras milhares acolá. O que não foi dito é quem vai supervisionar isto, nem exatamente aonde as árvores serão plantadas. Como se diz: Uma vergonha!
Logo agora que eu estava começando a gostar daquela faixa de gaza com árvores, flores… que tristeza!
Oi Ricardo,
postei em meu blog sobre a derrubada das árvores, citei seu nome ok?
Abraços,
Erica Sena, Pensar Eco
obs: obrigada por colocar meu blog em sua lista…valeu!!!
Eu fiquei estarecido ao passar na Marginal e ver o sumiço das arvores. Nada justificava a derrubada das mesmas. A Prefeitura e Governo do Estado deveriam ter procurado alternativas.
Eu penso que todos precisam mandar emails a Prefeitua, Governo, Midia e, na hora da proxima eleição, lembrar quem foram os protagonistas e partidos responsaveis por esta ato.
Ainda não foi ajuizada nenhuma ação popular ou ação civil pública??? Então está na hora de tomarem a iniciativa! Podemos até indicar alguns juristas que estão tratando de questões parecidas em Porto Alegre, caso não exista ninguém em São Paulo em condições de fazê-lo!!!!!!!!!!
Este projeto deve ser interrompido pela população. É fracom como opção para o transito.Os recursos são restritos. Dee ir aos transportes públicos e ciclovias. è autoritário, pois não houve discussão com a sociedade. É criminoso pelo cortes de árvores. Temos que barrar isto.
Esse foi o presente que o governador Serra deu para São Paulo, justamente na semana do Meio Ambiente, quando as obras começaram !
Quem mandou votar no Serra ?
E saber que ele quer colocar pedágio nas Marginais apos as obras, como ele colocou no Rodoanel !!
Votem no Serra !!