O grande chichá centenário do centro de São Paulo

O grande chichá do Largo do Arouche em 1940

O grande chichá do Largo do Arouche em 1940

Raras são as árvores antigas na Capital paulistana. Como diria o historiador Benedito Lima de Toledo, São Paulo foi três cidades em um século, ou seja, foi destruída e reconstruída diversas vezes no século 20. Destas intensas transformações, as árvores também foram vítimas assim como as construções.

Uma árvore centenária, como por milagre, sobrou no centro da Cidade, trata-se do chichá (Sterculia chicha) do Largo do Arouche. Propriedade do General José Toledo de Arouche Rendon há cerca de 200 anos atrás, que foi urbanizada e calçada no final do século 19, essa árvore deve ter sido plantada nesta época ou antes. A fotografia de 1940 nos dá forte indício disto, já que há 68 anos passados ela já era enorme.

Em tempo: embora o chichá não seja uma árvore nativa da cidade de São Paulo, e sim do Centro-Oeste brasileiro, ela está presente em outros locais como o Pico do Jaraguá, Cidade Universitária e Trianon.

O chichá do Largo do Arouche hoje

O chichá do Largo do Arouche hoje

 Ricardo Henrique Cardim

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Sobre Ricardo Cardim

Paisagista e Botânico www.cardimpaisagismo.com.br www.arvoresdesaopaulo.com.br
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17 respostas para O grande chichá centenário do centro de São Paulo

  1. Olá Ricardo,

    O chichá é uma árvore lindíssima… amo o desenho de suas folhas, suas raízes tabulares muito expressivas e mais ainda seus frutos impressionantes que quando abertos ficam no formato de um coração! Encontrei um exemplar também no parque da Luz que deve ser dos antigos e incrivelmente ao olhar para sua copa enxerguei um coração… Veja a foto depois no diário da 5.a mostra de boas práticas ambientais que aconteceu no dia 12, 13 e 14 de dezembro… beijos e grata por nos lembrar das espécies históricas da cidade!

  2. Wagner disse:

    Caro Ricardo,

    Bom dia,

    Moro de aluguel em Pirituba – São Paulo e sem meu prévio conhecimento pela manhã fui surpreendido com funcionários da prefeitura á minha porta com uma solicitação de remoção de uma árvore, Ficus, que se encontra na frente de minha casa.

    Concordo que a árvore começa causar danos ao calçamento e por ser grande toca os fios com sua copa densa, necessitando de constantes podas, mas neguei o corte

    Qual é o meu pedido de ajuda: Respaldo Ambiental e Legal para que eu possa justificar com o proprietário minha decisão e para que eu tenha argumentos de salvar esta árvore e seus beneficiários.

    Grato pela atenção e dedicação invejável

    Att.,

  3. Flavia Bernacchi disse:

    Caro Ricardo,
    gostaria que vc me indicasse qual poda eu poderia fazer em uma amoreira que esta maior do que deveria. Eu sei que em julho devemos fazer a poda de inverno, ocorre que neste inverno não foi feita e hoje ela esta muito grande e tenho medo que se eu deixar para fazer só em julho de ano que vem ela não dê tantos furtos como ela deu este ano, ou pior ela dê os frutos, mas de tão alta eu não consiga colher.
    abs
    ótimo blog

  4. Monika disse:

    Olá,

    procurando informações sobre o chichá, fui parar neste blog. É que quando acho sementes de alguma espécie arbórea menos comum, tento reproduzi-la na minha casa. Acabo de juntar algumas sementes de um chichá que está na Av. Robert Kennedy, às margens da Guarapiranga. Quando as mudas ficam maiorzinhas planto-as por aí, no momento estou rearborizando as margens do Córrego Tremembé. Bom, existem diversas árvores notáveis pela cidade, no próprio Parque da Luz (mencionado acima pela Juliana) existe um Kauri (Agathis), que pelo porte deve ser centenário. Então lanço a idéia de publicarmos um livro sobre elas, com boas fotos e informações detalhadas sobre cada exemplar, que tal? Em São Paulo a percepção dos problemas e custos da excessiva impermeabilização do solo e da falta de arborização já é bastante difundida – ontem mesmo houve uma chuvarada na Zona Norte e o plácido Córrego Tremembé virou um rio revolto e caudaloso em menos de meia hora. Portanto, uma obra destas contribuiria muito para a divulgação da existência destes exemplares notáveis que ainda sobrevivem na cidade, e que poderiam inclusive ser transformados em pontos turísticos. Além disto, serviria de estímulo para o plantio destas e de outras espécies, qualificando o visual da City. Que tal uma reunião para tratarmos do assunto?

    Bom 2009!

    Monika Naumann
    Eng. Florestal
    Gestora Ambiental

  5. JuÁrvore disse:

    Estivemos eu e o Luciano no Largo do Arouche ontem e tivemos a sorte de encontrar uma semente deste chichá centenário, no chão ao seu lado! Já colocamos para germinar e estamos muito felizes em poder vivenciar a emergência de um dos filhos do grande chichá do Arouche!

  6. dalva disse:

    Uia! eu bem tinha visto a Regina Casé falando sobre essa árvore, no seu programa “Um pé de quê”.

    • Ricardo Cardim disse:

      Oi Dalva,

      é mesmo? então ela já é uma árvore “famosa”…rsrs

      abraços

  7. Gelson disse:

    Consegui uma única semente da sterculia chichá aqui nas usp no ano passado que originou uma bela muda e no dia 18 deste mês plantei numa praça no início da rodovia raposo tavares, espero que se torne uma bela árvore, como a mãe!

    • Ricardo Cardim disse:

      Parabéns pelo seu ato Gelson! A semente veio lá do IB?

      abs
      Ricardo

  8. Gelson Hiroshi Yamamoto disse:

    Sim, achei apenas uma. Mas no mesmo dia consegui mais de 100 sementes de um jatobá quase ao lado, que já viraram mudas, das quais já plantei a maioria na usp e nas praças aqui da região do butantan. E neste ano vou repetir a ação!!

  9. Gelson Hiroshi Yamamoto disse:

    Hoje fui regar a muda, e infelizmente alguém arrancou o pequeno chichá!! Mas como sou persistente plantarei outra no mesmo local. Só preciso de uma doação de algumas sementes, se alguém puder me ajudar, agradeço!!!

  10. joão francisco achilles pieri disse:

    aqui em Guararema, no Recanto do Américo, todos poderam ver um belo exemplar de Chichá.

  11. Gelson disse:

    olá, Ricardo! Achei mais duas sementes de chichá lá do IB, futuramente serão mais duas lindas filhas desta bela árvore!! Ah, e consegui centenas sementes de jatobá, quem quiser algumas, é só pedir que mandarei pelo correio! Valeu!!

  12. Luiz Carlos Heyn disse:

    No Parque da Juventude, junto a grade que separa a mata preservada da área pública, existem chichás e cutieiras que frequentemente lançam sementes. A cutieira, após a abertura do endocarpo, possui sementes que lembram as do xixá. Salvei algumas destas sementes pensando estar plantando cutieiras, mas germinaram uma cutieira e dois xixás.

    Em tempo, no viveiro do Horto Florestal (Zona Norte) há mudas de chichá para a venda (e, às vezes, da cutieira).

  13. Remy Soares de Carvalho disse:

    Ricardo Cardim,

    Axixá do Tocantins, com a grafia adapatada do nome da árvore Chichá, é uma cidadezinha muito agradável e está localizada no extremo norte do Estado do Tocantins. As árvores que eram abundantes na região do Bico do Papagaio e que deram nome à cidade, encontram-se escassas.

    Para preservar, na memória das gerações atuais e futuras, a lembrança da árvore que deu nome à cidade, a senhora Maria Eli, em fevereiro de 1997, no segundo ano do mandato da prefeita municipal Maria Castro, plantou uma muda de Chichá no cruzamento da Rua Augustinópolis com a Avenida Vila Nova.

    É uma referência histórica que deve ser mantida, assim como fez a prefeitura de São Paulo ao preservar o grande e centenário chichá, que dar nobreza ao Largo do Arouche, na Capital dos Bandeirantes.

    A nomenclatura para identificação do nome científico desta árvore tem comportado diversos designativos. O certo é que Axixá do Tocantins é minha cidade e meu orgulho! Disso não abro mão.

    Remy Soares de Carvalho
    Brasília – DF, março de 2012

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