
A figueira, logo atrás da Pirâmide, já com algumas décadas de vida em 1922.
O Largo da Memória é um local especial para a história da cidade de São Paulo. Ali, em tempos idos, era a confluência dos caminhos de tropeiros vindos do sul do País em direção a cidade de Sorocaba. Um monumento singular, todo em pedra – a pirâmide do Piques – foi inaugurado nesse espaço em 12 de outubro de 1814, sendo o primeiro da Cidade.
Até o fim do século XIX o terreno em volta da Pirâmide era um capinzal, sendo arborizado nessa época. Uma velha figueira implantada provavelmente nessa ocasião, resiste até hoje no coração da maior cidade brasileira. Trata-se de uma Ficus organensis Miquel, árvore nativa da vegetação original do Município e que pode alcançar grandes dimensões, como é o caso deste indivíduo, com as impressionantes raízes típicas do gênero e ampla copa.
Os dois monumentos, a figueira e o Piques, valem a visita para quem gosta de árvores e história. Fica ao lado da estação Anhangabaú do metrô e Rua Xavier de Toledo e Quirino de Andrade (antigo caminho de Sorocaba).
Ricardo Henrique Cardim

A mesma figueira hoje, com seu porte impressionante
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Pois é… Que bom quando a gente vai encontrando os nossos pares.
Eu amo esta árvore e quantas vezes já passei por lá e dediquei-me a observá-la sobre os meninos banhando-se debaixo dela… Atualmente não me lembro se há água na fonte.
Mas e aquela braçadeira de aço segurando-a pelo tronco? Alguém já foi analisar para garantir sua saúde e vida?
Acho que está na hora da gente saber disto, não é?
Não sei se você sabe onde é o colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros. Mas estes dias tem lá uma paineira florida que dá na gente tanto prazer em observá-la.
Minha máquina fotográfica não tem recurso suficiente para registrar a beleza que está ali para nós.
Parabéns por este trabalho.
Leda
Obrigado Leda! A saúde da figueira parece estar razoável…e aquela corrente acredito não prejudicar o crescimento da planta, mas é bom mesmo ficarmos de olho. É, precisamos colocar uma foto de paineira florida por aqui, essa pode ser uma boa idéia.
Abraços,
Ricardo
Olá Ricardo, eu moro na Rua Álvaro de Carvalho, logo abaixo da Ladeira da Memória, no sentido Nove de Julho. Essa árvore, bem como o imenso painel da Tomie Ohtake, pintado no prédio ao lado, são meus referenciais na vida. Pena que o centrão esteja inundado de marginais, e o governo idem. Mas, enquanto há verde, há esperança!
Em 2.014, a Pirâmide da Memória vai fazer 200 anos de idade. A mangueira, ao lado dela, tem mais de 100 anos. São as raizes de São Paulo. Queira Deus que o Prefeito não invente de fazer passar uma faixa de ônibus junto a eles e os derrube. Já passou o Metrô, tangenciando-os e felizmente nada aconteceu. Precisamos zelar por nossa memória.