Moro em São Paulo desde 1971 e como já andei por todo o Brasil, todos os Estados e capitais sem exceção, posso falar com certeza que São Paulo segue o padrão da maioria das cidades brasileiras quando se trata de arborização urbana.
A arborização quando existe é antiga, às vezes muito antiga. Os bairros novos são muito pouco protegidos por árvores. Os bairros proletários então são praticamente desertos. Existem cidades exceções, como por exemplo Belém e João Pessoa, mas mesmo nestes casos, nas áreas novas, a magnífica arborização das regiões de urbanização mais antiga, não está mais presente. É chocante percorrer as cidades no sertão do nordeste e ver a população exposta a temperaturas abrasadoras, mas sem qualquer sombra amiga e refrescante nas ruas para socorrê-la.
Em São Paulo temos bairros ricos e de classe média, com uma arborização maltratada por podas selvagens e oprimida por horrorosos fios de eletricidade, por calçadas absolutamente estreitas, hostis também aos humanos para deixar espaço para os carros nas ruas. Os bairros antigos industriais e os bairros de trabalhadores nas periferias são melancólicos e cinzentos.
A falta de arborização cria ilhas de calor nestes locais, com temperaturas médias bem mais elevadas que as regiões mais verdes, com prejuízo para a saúde, principalmente de idosos e crianças.
A necessidade de arborização em uma cidade é questão de saúde pública, de preservação da biodiversidade e estética. A beleza também é qualidade de vida.
Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho
Oi, sou professor de Biologia no Piaui e gostei muito dos comentários sobre arborização urbana das cidades brasileiras. Aguardo contato.
Olá Ivanaldo,
estou à disposição.
att
Ricardo