Fato que poucos paulistanos sabem: na nossa cidade, dentro do Campus da Universidade de São Paulo, um fragmento de floresta típica do planalto de São Paulo, a “matinha da USP” como é conhecida, tem mais espécies diferentes de àrvores que a Inglaterra inteira. Segundo o Prof. José Rubens Pirani, enquanto na Inglaterra existem 100 espécies de árvores, na mata da USP em São Paulo existem 112.
Remanescente da antiga fazenda do Instituto Butantã, que criava ali os cavalos para a confeccção do soro antiofídico, esse fragmento de floresta protege ainda hoje uma nascente de água que desagua em um pequeno lago na sua parte mais baixa.
No passado sofreu diversas interferências humanas, como retirada de lenha e madeira, e remoção de parte do sub-bosque (vegetação menor embaixo das árvores maiores). Em 1935 passou a fazer parte da USP, sendo muito utilizado para pesquisas desde então.
Algumas árvores comuns na mata: Angico-branco (Anadenathera colubrina); Cedro (Cedrella fissillis); Canela (Nectandra oppositifolia); Copaíba (Copaiba langsdorffii), Canjerana (Cabralea canjerana), Louro (Cordia ecalyculata); Embaúba (Cecropia glazioui) e Pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha).
Ricardo Henrique Cardim
Associação dos Amigos das Árvores de São Paulo
Ricardo
existe algum levantamento sobre as espécies de árvores que existem no Parque do Carmo?
Esse parque é muito extenso e preservado.